Autistas e familiares chamam atenção para importância da terapia

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Dia do Orgulho Autista celebra avanços e conquistas das pessoas com Transtorno do Espectro Autista

Celebrado anualmente em 18 de junho, o Dia do Orgulho Autista tem um significado especial para familiares de pessoas com o transtorno. É neste dia que as conquistas dos autistas são comemoradas, ressaltando a importância das abordagens terapêuticas para ajuda-los na inserção social.
As entidades ligadas aos direitos à promoção da cidadania da pessoa com autismo também celebram o empenho e dedicação das famílias, dos grupos de apoio e dos Serviços de Saúde – que garantem condições de autonomia e inclusão na sociedade globalizada.
Apesar de ainda faltar muito para a igualdade ser alcançada, familiares de autistas já podem comemorar alguns avanços.
A maior parte deles se deve à maior divulgação a respeito da condição do autista, antes estigmatizada justamente pela falta de informação adequada. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) está mais difundido, o que motiva a efetivação de Políticas Públicas de inclusão e diminui a desigualdade de oportunidades.
Membro da entidade ‘Amigos e Mães de Autista Independente de Indaiatuba’ (Amaii), Luciana de Lima reforça a importância desta e de outras datas que estimulam a conscientização. “Esse tipo de iniciativa tira a visão negativa da população, ao mostrar o potencial dos autistas. Também ajuda as famílias, que muitas vezes não têm orientação”, afirma Luciana. Seu filho mais novo, de 7 anos, foi diagnosticado com TEA.
Luciana considera que em alguns aspectos Indaiatuba está na frente de outras cidades – sobretudo na estrutura pública e em algumas ações da iniciativa privada, que demonstram preocupação com o acolhimento e as práticas terapêuticas.
O presidente da Câmara, o vereador Hélio Ribeiro, é autor de vários Projetos de Lei que estimulam a conscientização sobre o TEA e a diminuição do preconceito. São dele as Normas 6.732/2017, que institui e inclui no calendário oficial a ‘Semana Municipal de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), e a 7.050/2018, que concede às pessoas com o transtorno o direito de utilizar as vagas reservadas para os deficientes e 7.105/2019, que obriga a aplicação do questionário M-Chat nas UBS – esta última em parceria com os vereadores Arthur Spíndola e Ricardo França.
“As pessoas com autismo não merecem apenas o nosso respeito, e sim a nossa disposição em efetivar condições reais de inclusão, que levem em conta as particularidades de cada cidadão com TEA e que promovam a cidadania em nosso município. Indaiatuba é considerada uma cidade-modelo, e acolher os autistas, para mim, é uma condição obrigatória para alcançar este patamar”, afirma Hélio Ribeiro.
Atualmente, estima-se que 1 em cada 160 crianças tenham o transtorno, mas a prevalência é imprecisa e varia conforme o país. Os sintomas variados levam a diferentes ‘níveis’ de TEA, que podem ser de pequenas dificuldades de comunicação a severas limitações. Um diagnóstico precoce e multidisciplinar é indicado para garantir o sucesso da terapia.