Após três anos sem falar ao vivo com a Imprensa, Reinaldo Nogueira concede entrevista à TV Exemplo®

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Novo produto do Grupo AWR® estreou na 2ª-feira (6) nas redes sociais

Na segunda-feira dia 6 de abril, às 19h, aconteceu a primeira live do Jornal Exemplo® no Facebook. Como primeiro convidado, o ex-prefeito de Indaiatuba, após três anos sem falar com a Imprensa Reinaldo Nogueira, participou do Bate-Papo com Aluísio William, Presidente do Grupo AWR®. Reinaldo respondeu as perguntas dos espectadores da transmissão ao vivo na página do Jornal Exemplo®, transmissão que deu início a uma série de lives que vão acontecer semanalmente pelo Facebook.
Reinaldo comentou sobre a infraestrutura da cidade, principalmente na Área da Saúde, em decorrência da atual situação mundial. Assim como, o funcionamento do comércio da cidade em tempos de quarentena, e seus respectivos cuidados.
1ª pergunta (Francisco): Reinaldo, caso você tivesse uma cadeira no Congresso, como já teve, nesse momento o que faria de mais relevante?
R: “Têm situações que temos que ouvir o técnico, então temos que dar ouvido sim. Agora, tem que buscar uma saída econômica, toda movimentação exige um recurso, um investimento, então eu acredito que já foram feitas algumas medidas mas ainda é pouco. Vou dar um exemplo, sou dono de um restaurante e pago aluguel, tenho funcionários e não pode abrir. Tenho que falar com o proprietário e avisar: “não vou deixar de pagar, mas vamos fazer um acordo, pago a metade agora e depois tiramos essa diferença quando voltar à normalidade”. Acho que é o momento do comerciante e do empresário, de uma negociação entre eles, porque se depender do governo está complicado. Acredito que não vai ter condições de acudir 100% da nação na parte econômica”.
2ª pergunta: Onde estão os R$ 53 milhões investidos no BVA? Por que foram investidos no BVA?
R: “Isso foi uma decisão da Secretaria da Fazenda, não foi nem eu que pedi e que fiz a aplicação. Segundo a Prefeitura, já ganhou em primeira instância, está em segunda instância para votar e o dinheiro está depositado em uma conta do Judiciário, garantindo a devolução. O Tribunal de Justiça de Goiás fez idêntico o que a Secretaria da Fazenda de Indaiatuba fez nas suas aplicações. Foi restituído na sua totalidade, ganhando na Justiça, eu acho que a Justiça não pode ter dois pesos e duas medidas. Nós já temos uma jurisprudência que o mesmo que aconteceu com o BVA aconteceu com o Banco Santos com o Tribunal de Justiça de Goiás e julgado aqui no TJ-SP, então já temos uma jurisprudência sobre isso. Não pode ter uma medida porque, o que aconteceu com os recursos aplicados do TJ de Goiás ser diferente do nosso, então estou muito tranquilo com a votação que deve ser feita quando voltar os trabalhos do Judiciário e com certeza provando. Tenho uma garantia muito grande por causa da jurisprudência em um caso idêntico ao nosso e o dinheiro está na conta do Judiciário”.

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3ª pergunta (Adailton): Qual a sua opinião em relação à prisão em segunda instância?
R: Olha, eu acho que desde lá de trás, a Constituição já determina as coisas para ser tomada uma decisão que tem que transitar e julgado. A Constituição tem que ser respeitada, quer mudar? Que mude, agora, têm muitas coisas que cometem erros. Vou falar do meu caso, se o juiz ler 100% meu caso, que são 14 mil páginas, duvido que eu possa ser condenado em todas as instâncias. Quanto mais você sobe na esfera recursal, mais tecnicamente fica seu julgamento. A desapropriação nós conseguimos um HC para fazer uma perícia, essa perícia deu tudo a meu favor, da desapropriação, do valor, não teve desvio de dinheiro, não teve indicação privilegiada, enfim, está lá. Ninguém analisou a perícia que foi feita pelo Estado, a juíza civil analisou e tirou uma conclusão e falou que não teve dolo, prejuízo ao erário público, mas ela falou que teve um direcionamento, no entendimento dela. Lá na segunda instância, eu estou entrando com um embargo porque a juíza falou que eu transformei uma área que era residencial para industrial, nunca ocorreu isso, agora como uma juíza do Tribunal de Justiça julga uma situação falando que teve uma mudança na lei, cadê a mudança? Em um relatório, está lá, eu entrei com um embargo agora. O terreno já era industrial desde 1979, eu nem pensava em entrar no mundo político, então olha a situação, estão lendo o Processo? Não estão lendo, se ela julga falando que está me condenando porque eu transformei uma área de residencial para industrial, que nunca aconteceu, e quando aconteceu foi passado direto para industrial, então você vê como está a situação. Agora a menos de 20 dias, o Tribunal de Contas é o órgão especial para analisar todas as contas e todos os feitos de um Prefeito, este caso é de 2013, saiu agora minhas contas de 2013, foram aprovadas com um apartado para julgar essa desapropriação, 100% a meu favor, então até agora não tem nada que desabone. Envolveram meu pai em uma situação que não tem um papel, uma gravação telefônica, não tem nada, como no meu também não tem. Os trâmites da Prefeitura foram feitos corretamente, não atropelou e deixou de fazer isso ou aquilo. E falaram que a gente montou uma quadrilha visando a dar um prejuízo ao erário público em 2005, em 2005 eu não era Prefeito, quando fui eleito Deputado, depois voltei para Prefeito, fui reeleito, depois que aconteceu o DIMPE, que é lá onde nós temos o DIMPE I que foi um sucesso para os microempresários e que saiu agora o DIMPE II, além de tudo isso, os benefícios que foram dados para as pessoas, para as carências, R$ 5 milhões de lucro para a Prefeitura, então além de uma atitude que teve um cunho social e teve a possibilidade do microempresário poder ter seu terreno, ainda vai gerar R$ 5 milhões sem a correção para a Prefeitura. Então olha no que estou sendo condenado, passou por aqui batido, a gente tem os recursos nas suas fases, mas tenho certeza que na hora que chegar em um terceiro grau que a coisa é bem mais técnica, eu possa ser absolvido. Agora, falar que formou uma quadrilha abstrata que nunca atuou e ser condenado por isso aí, é lógico o juiz não vai ler 14 mil páginas, mas os técnicos e as pessoas que dão toda essa Assessoria tinham que assessorar realmente e não pode ter um erro grosseiro falando que eu transformei uma área residencial em industrial. Então essas coisas que me chateiam e eu estou aí para recorrer e se tiver que pagar também eu estou à disposição. Sou ser humano, já errei muitas vezes, porém nesse caso, desculpa, mas não tem erro e a população saiu no benefício.
4ª pergunta (José Luís dos Santos): Por que não param os pedágios?
R: Eu comecei na minha carreira política, uma das brigas que me deu um certo status, foi com o pedágio, quando fechavam os portões do Polo, na época, os mais antigos sabem a luta que fiz em prol dos estudantes na época que iam para a faculdade e tinham que voltar e desviar do pedágio. O pedágio, quero esclarecer para muitos cidadãos que acham que o Prefeito tem força de fazer alguma coisa, isso aí foi uma Concessão, para ganhar uma Concessão teve uma Licitação, uma concorrência pública para ganhar uma Concessão. Dentro desta Concessão, tinham os investimentos que iriam fazer naquele trecho onde tem a praça de pedágio, as Concessões do Governo do Estado estão se encerrando agora em 2020, 2022, nesses próximos três, quatro anos estão acabando as Concessões. Com certeza, acabando as Concessões, se vier qualquer candidato a prefeito e falar que vai fazer qualquer coisa do pedágio é mentiroso, nós conseguimos ainda fazer um desvio para o indaiatubano não pagar, asfaltado na época, com segurança. Agora está praticamente asfaltado, na época o desvio também pelo Jardim Brasil, só um trecho que está faltando a pavimentação. Então, nós como prefeito buscamos algumas saídas na fuga do pedágio, mas não são os prefeitos, nem de Indaiatuba, nem de nenhum lugar do país que tem a condição de fazer isso. Quem tem a condição de fazer isso chama-se governador, e na época certa os deputados da região têm que se unir, porque o problema do pedágio não é só em Indaiatuba, a Região Metropolitana de Campinas é a região que mais concentra número de pedágios. Aí sim, tem um movimento, entra o prefeito que apoiou o deputado, o deputado faz uma movimentação, aí sim faz um preço justo do pedágio. Por que foi caro no primeiro momento? Não só Indaiatuba porque tem lugar mais caro do que aqui. Por causa dos investimentos que iam acontecer na estrada. Cabe aos deputados fazer a fiscalização. Meu irmão quando foi da fiscalização do transporte, eu lembro que ele chamou várias concessionárias para discutir aquilo que estava sendo investido nas estradas. Então, o prefeito faz a pressão política, mas não tem o poder de decisão.
5ª pergunta: O que você faria se ainda fosse o prefeito da cidade?
R: Se fosse prefeito eu faria o que o Gaspar está fazendo, acho que o Gaspar atualmente, é a pessoa mais preparada para estar tocando a Administração de uma cidade como Indaiatuba. A gente sabe que qualquer cidade que comete qualquer deslize de mando e de comando, para recuperar isso é muito sacrificante para a pessoa, para a família. A política já sacrifica muito as famílias e os amigos, mas enfim, eu se fosse hoje, estivesse no lugar do Gaspar, eu faria o que ele está fazendo, a cidade tem um Planejamento que da minha época era até 2025, o Gaspar já está fazendo esse Planejamento para o futuro, para que com o crescimento da cidade, a gente possa saber, junto ao orçamento, aquilo que será feito para o futuro, dos nossos filhos, nossos netos, têm esse Planejamento, Indaiatuba é uma das únicas cidades que tem. Indaiatuba, acredito que seja uma das cidades mais informatizadas do Brasil, isso ajuda muito a agilidade do dia a dia, quem trabalha com os órgãos públicos e vem em Indaiatuba e que vai em outras cidades, falam que é incomparável a velocidade que os processos têm dentro de uma Prefeitura Municipal, como a de Indaiatuba. Na minha época tinha um povo comprometido, pessoas que suavam a camisa, não porque era o Reinaldo Nogueira mas porque viam as coisas acontecerem, isso dava satisfação aos funcionários fazerem cada vez mais, e sei que eles estão se empenhando em um momento difícil do país, da economia, ainda mais com essa crise, com essa virose que está vindo por aí, o Coronavírus, que tem que estar atento e tem um impacto grande na economia do Brasil, mas Indaiatuba está preparada para esse impacto. É uma das únicas cidades que acredito, no Estado e se não for no país, que está preparada para fazer essa transição e conseguir sair na frente lá em cima. O Gaspar tem tentado e tem conseguido trazer novas empresas e gerar emprego, e fazer com que a cidade ande, porque temos que nos preocupar com a população, mas em paralelo quem ajuda diretamente é o emprego. Se a pessoa tem emprego, tem um convênio médico, tem seu salário, não vai cair nos órgãos sociais da Prefeitura e se cair também será atendido. Hoje, a estrutura de atendimento ao público igual de Indaiatuba não tem, por isso, quero parabenizar, não é porque sou amigo do Gaspar, porque é difícil a gente se falar. Às vezes em um batizado, ou aniversário nos encontramos, ou em um restaurante. Agora não com essa crise, mas trocamos algumas ideias, mando nas redes sociais dele algumas sugestões, reivindicações que a população acaba fazendo ‘pra’ gente, acabo encaminhando mas tem todo um trâmite burocrático. Falei para o Gaspar: “Têm muitas pessoas que às vezes têm medo de chegar e falar”, era um pouco mais aberto, politicamente falando, o Gaspar também é, mas as pessoas têm um pouco de receio de falar. Nós, do povo, temos que fazer chegar nos seus governantes, porque quando estoura alguma coisa, o prefeito é o último a saber. Isso aconteceu comigo e acontece no dia a dia com todos os executivos, então é importante essa abertura e os assessores levarem a informação correta. Eu não reclamo de qualquer questionamento, aquela pessoa que é instruída, é gostoso a gente estar discutindo em alto nível, o que não tem instrução e fica xingando nas redes sociais, porque a rede social tem um bando de covardes que se esconde atrás dela, porque se for falar e discutir pessoalmente, ele não tem argumento seja ele jurídico, econômico, que dê uma sustentabilidade. Então xinga isso, fala aquilo, aí é fácil né, mas tenho um perfil de sempre que tinha problema com as pessoas falava para conversar pessoalmente em alto nível e vou explicar pra você como é a situação. Posso dizer que 100% a gente conseguiu esclarecer, ou pelo bem, ou pelo mal. O mal falava que não tem orçamento, não tem como fazer, isso fica para o ano que vem, mas explicava para a população. Agora, uma coisa eu nunca consegui, é ganhar do ignorante, porque o ignorante fala “isso é pedra” e às vezes não é pedra. Cuidem do ignorante, eu nunca consegui ter um diálogo de esclarecimento, um diálogo esclarecedor, porque a pessoa não quer ver, ela quer ver o que ele está falando mas não quer ver o complexo, como que se faz, às vezes pleiteia situações que precisa de lei, então muitas vezes eu vejo algumas pessoas questionando o prefeito, mas não depende dele, às vezes de Leis Municipais, Estaduais. E têm pessoas que falam “você é o prefeito, você pode”, não é assim, eu fazendo as coisas certas já estou com processo que estou recorrendo, imagina se fazer do jeito que a população pede, não consegue completar um ano de governo. Mas quero encerrar dando meus parabéns ao Governo Municipal, tenho recebido vários prefeitos que tenho ajudado a fazer composição, trabalhar em planejamento, faço uma consultoria porque hoje virou meu hobby, tenho minhas atividades rurais, de empreendimento, estou tocando três empreendimentos grandes que é onde passo a maior parte do meu tempo dedicando a ela. Então nos momentos que tenho um pouco de tempo, tenho atendido os prefeitos da região toda e tem muitos prefeitos bem-intencionados mas estão com a cidade ainda que não deu tempo de deixá-la redonda que, com certeza trabalhando com transparência, apoio popular, da Câmara, tenho certeza que vão conseguir um dia chegar no nível que Indaiatuba está.

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