Agência PCJ lança plataforma de proteção de mananciais no Museu da Água

Evento é para divulgar as ferramentas Banco de Áreas e Banco de Projetos PCJ

FOTOS: Rose Parra – DCS Saae

No dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de Junho, os mananciais “ganharam” uma plataforma que deve aprimorar a proteção deles. O lançamento do banco de áreas e outro de projetos foi lançado nessa quarta-feira (5), no Museu da Água de Indaiatuba e testado no Parque do Mirim. O objetivo do aplicativo é avançar na Política de Recuperação, Conservação e Proteção dos Mananciais dos Comitês PCJ (Política de Mananciais PCJ) e proporcionar além da proteção dos mananciais, a adequação ambiental de propriedades rurais nas Bacias PCJ.
Participaram da solenidade gestores e técnicos das prefeituras e autarquias dos municípios das Bacias PCJ; proprietários rurais; técnicos do terceiro setor; representantes de instituições parceiras e com interesse na área e membros das Câmaras Técnicas de Uso e Conservação da Água no Meio Rural (CT-Rural) e de Conservação e Proteção de Recursos Naturais (CT-RN) dos Comitês PCJ.
O evento ocorreu com a finalidade de divulgar as ferramentas Banco de Áreas e Banco de Projetos PCJ, por meio dos quais os interessados poderão realizar o cadastramento para disponibilização ou para adoção de áreas para recomposição florestal. Além disso, o evento busca esclarecer dúvidas sobre a utilização da plataforma. Todos os participantes receberam um folder informativo sobre o Projeto LUISA PCJ.

 

SAIBA MAIS SOBRE OS BANCOS

O Banco de Áreas PCJ é o cadastro de áreas disponíveis em propriedades rurais, localizadas nas Bacias PCJ, visando restauração ecológica. O cadastramento no Banco de Áreas é voluntário e pode ser realizado a qualquer momento pelo usuário, que pode ser um proprietário, prefeitura ou outra instituição de interesse. A área disponível, uma vez cadastrada no Banco de Áreas PCJ, comporá um conjunto de áreas aptas a serem adotadas por interessados como medida compensatória para cumprimento de obrigação ambiental ou como ação voluntária de responsabilidade social.
Já o Banco de Projetos PCJ é o cadastro de projetos elaborados no âmbito da Política de Mananciais PCJ, disponíveis para a execução das intervenções previstas, com objetivo de adequação ambiental. Os projetos disponíveis neste banco são cadastrados pela Agência PCJ e poderão ser financiados por instituições interessadas em investir em restauração e/ou outras intervenções voltadas à adequação ambiental necessárias.
Ambos os bancos fazem parte do Projeto LUISA PCJ – Levantamento de Unidades para Investimento em Serviços Ambientais, que integra dados coletados em campo visando investimentos em adequação ambiental de propriedades rurais, com espacialização dinâmica de dados e informações das Bacias PCJ. O projeto é coordenado pela Assessoria Ambiental da Agência das Bacias PCJ, que ressaltou que “as ações de adequação ambiental têm se tornado mais importante a cada dia com o aumento da necessidade de aproximação entre a produção sustentável e a proteção ambiental, em especial após a crise hídrica que afetou as Bacias PCJ em 2014”. Com isso, a partir de 2015, os Comitês PCJ criaram a Política de Mananciais, a partir da qual os investimentos em infraestrutura natural passaram a receber priorização diferenciada.
Essa política estabeleceu diretrizes e instrumentos visando à conservação de nascentes e cursos d’água, recuperação e conservação do solo e da vegetação nativa em mananciais de interesse para o abastecimento público, e orientações para a melhoria do saneamento rural na área que compreende as Bacias PCJ. Atualmente, existem ações específicas e projetos de adequação ambiental, envolvendo ou não e/ou PSA – Pagamento por Serviços Ambientais no âmbito da Política de Mananciais PCJ em nove municípios: Holambra, Analândia, Charqueada/São Pedro (dois municípios em um único projeto), Artur Nogueira, Jaguariúna, Limeira, Jundiaí, Piracaia e Piracicaba.