A Torre Negra entra em cartaz
Longa é baseado na obra literária homônima de King
Não há meio-termo em uma fantasia épica. Ou você quer atrair as pessoas para um mundo grande e estranho ou quer mantê-las fundamentadas no nosso. Ou você quer transportar o público para uma terra de magia, culturas únicas e histórias curiosas, ou quer mantê-las na Terra. A adaptação de Nikolaj Arcel de ‘A Torre Negra‘ de Stephen King existe em algum meio-termo estranho, onde não possui nem a inclinação nem o orçamento para ser verdadeiramente majestoso, e apenas provoca a plateia com pensamentos de um filme maior e mais ousado. Apesar das ótimas atuações dos protagonistas Idris Elba e Matthew McConaughey, ‘A Torre Negra’ é modesto demais para se sentir grandioso, e muito casual para se sentir fundamentado.
Uma ‘legenda’ na abertura nos informa que o universo é mantido unido por uma estrutura chamada ‘A Torre Negra’. Se a torre cair, a escuridão dominará o universo. A mente de uma criança tem o poder de derrubar a Torre. É aí que Walter (McConaughey), também conhecido como ‘O Homem de Preto‘, um feiticeiro aparece. Ele está sequestrando crianças e levando-as para seu esconderijo para tentar derrubar a Torre, mas isso só cria terremotos em outros mundos. De volta à Terra, o adolescente Jake Chambers (Tom Taylor) tem tido visões do ‘Homem de Preto’, bem como Roland Deschain (Elba), um pistoleiro. Os ‘Pistoleiros’ eram uma ordem de guerreiros – parecida com os cavaleiros – que tentaram enfrentar Walter, mas perderam, e agora Roland, que é imune à magia de Walter por um motivo que nunca foi explicado, é o último sobrevivente. Quando Jake viaja para a casa de Roland em um outro mundo, os dois se juntam para acabar com Walter e proteger a Torre.
Para um longa com muita mitologia – um feiticeiro que lidera um exército de pessoas com falsas peles, pistoleiros cujas armas são forjadas de Excalibur, mentes que podem derrubar torres que conectam mundos etc. – ‘A Torre Negra‘ parece não ter uma personalidade. O primeiro ato ocorre em grande parte na Terra, com Roland e Walter aparecendo apenas esporadicamente nas visões de Jake. Quando o filme finalmente faz o caminho para o outro mundo, ele quase sufoca por falta de imaginação. O design da produção é praticamente nulo. As poucas criaturas que vemos são instantaneamente esquecidas, e na maioria envoltas em sombras, como se os animadores tivessem vergonha de mostrar o trabalho. Para uma história que deveria estar cheia de imaginação, pois fala de uma batalha épica entre o bem e o mal, ‘A Torre Negra’ está sempre pensando pequeno.
