Vai comprar seminovo híbrido?

Dicas de compra

Antes de fechar negócio, vale checar cronograma de revisões

A oferta de eletrificados não para de crescer no País. De janeiro a outubro, foram emplacadas 38.663 unidades – até dezembro, serão 45 mil, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico. Assim, a alta ante 2021 será de cerca de 30%. E já há opções de seminovos híbridos à venda, que podem ser um bom negócio.

Conforme o site Mercado Livre, a alta nas buscas por elétricos e híbridos usados em 2022 é de 39%. O mais procurado é o Toyota Corolla híbrido.
A tabela do sedã novo parte de R$ 182.090. O modelo com menos de três anos de uso pode ser encontrado por cerca de R$ 150 mil. Porém, a compra de um híbrido de segunda mão exige mais cuidados que os dispensados aos carros com motor apenas a combustão.

É preciso ficar atento ao histórico do veículo e verificar se todas as revisões foram feitas. Além disso, no híbrido a quilometragem é fundamental.

Afinal, quanto mais o veículo rodou, menor será a durabilidade das baterias. Em geral, esse item, que pode custar mais da metade do valor do modelo, tem garantia de oito anos.

Após muitos anos de uso, a bateria começa a perder parte da capacidade de operação. A informação é do engenheiro elétrico, doutor e professor de pós-graduação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), Wanderlei Marinho da Silva.

Outro cuidado é exigir um laudo veicular emitido por oficinas credenciadas, de acordo com o gestor de inovação e eletrificação da Osten Group, Tarcísio Alves. Segundo ele, por meio desse documento o interessado pode checar o estado do e, assim, evitar problemas.

Além disso, o comprador deve saber se há oficinas capacitadas nesse tipo de veículo em sua cidade ou nas proximidades. Bem como se existe oferta de peças de reposição para o modelo. No caso de veículos que ainda estejam em garantia, a cobertura deve ser transferida para o novo dono.

Outra dica é conferir se, ao serem recarregadas, as baterias garantem o nível de autonomia informado pela montadora. Com o carro ligado, deve-se verificar se há luzes de advertência acesas e se o sistema funciona perfeitamente.

Para os híbridos plug-in, outras dicas são avaliar o plugue de recarga e pesquisar se há estações de carregamento próximas ou se é possível instalar o equipamento no local de trabalho e residência. “A tomada deve ser aterrada”, lembra Alves.

Um sistema doméstico do tipo Wallbox parte de cerca de R$ 5 mil. Porém, quem mora em condomínio deve consultar a administração antes de solicitar a instalação.

Por Vagner Aquino, especial para o Estadão| Foto: Divulgação