Um problema com tratamento incontinência urinária

Característica da doença é a perda involuntária de urina

texto: Ana Paula Blower /infoglobo | foto: divulgação
texto: Ana Paula Blower /infoglobo | foto: divulgação

Por ser um problema que traz dificuldades no convívio social, a incontinência urinária, muitas vezes, é pouco debatida. Diante disso, aproveitando o Dia Mundial da Incontinência Urinária, celebrado na terça-feira (21), a Sociedade Brasileira de Urologia esclarece que a doença pode acometer mulheres e homens de diversas idades, mas há tratamento.
As causas da doença, caracterizada pela perda involuntária de urina, podem ser: alterações na estrutura do assoalho pélvico, genéticas, bexiga hiperativa, lesões medulares ou doenças do sistema nervoso. Envelhecimento, gestações, tabagismo e obesidade aumentam as chances de desenvolver o problema.
“O principal tipo é o de esforço. A pessoa perde urina ao tossir, espirrar. É mais comum em mulheres na fase adulta, geralmente depois da menopausa. Pode ser tratada com fisioterapia, remédios ou cirurgia” – diz José Carlos Truzzi, chefe do Departamento de Uroneurologia da Sociedade Brasileira de Urologia.
Outro tipo comum é a de urgência, quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo ao banheiro. A mista é uma associação dos dois tipos anteriores.
As estimativas apontam que 35% das mulheres após a menopausa passam pelo problema e 40% das gestantes terão um ou mais episódios na gestação ou após o parto.
“No homem, a incontinência pode surgir depois do tratamento do câncer de próstata. É pouco comum, mas existe” – pontua Truzzi, que acrescenta que é preciso conscientizar a população que a incontinência urinária não é uma situação normal.
“O parto normal pode causar predisposição. É importante, durante a gestação, fazer exercícios que fortaleçam a musculatura pélvica e não ganhar muito peso” – observa Anelise Abreu, ginecologista do Hospital Rios D’Or.
O tratamento depende da incontinência, mas pode ser cirúrgico ou com remédios.