Teste poderá detectar possível reação à vacina

Fiocruz e universidade americana estudam análise por meio do sangue

Pesquisadores da Fiocruz estudam efeitos das doses contra a febre amarela texto: Flávia Junqueira /infoglobo | foto: divulgação
Pesquisadores da Fiocruz estudam efeitos das doses contra a febre amarela
texto: Flávia Junqueira /infoglobo | foto: divulgação

Os raros efeitos adversos graves da vacina contra a febre amarela assustam quem recebe a dose e preocupam médicos por serem imprevisíveis. Buscando um caminho para minimizar esse risco, pesquisadores de Bio-Manguinhos (Fiocruz) e da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, a mesma que criou a vacina, assinaram um protocolo de pesquisa para descobrir um marcador biológico que possa identificar pessoas com essa predisposição genética. A ideia é desenvolver um kit que, por meio de uma gota de sangue, faça essa análise antes da aplicação do imunizante.Os raros efeitos adversos graves da vacina contra a febre amarela assustam quem recebe a dose e preocupam médicos por serem imprevisíveis. Buscando um caminho para minimizar esse risco, pesquisadores de Bio-Manguinhos (Fiocruz) e da Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, a mesma que criou a vacina, assinaram um protocolo de pesquisa para descobrir um marcador biológico que possa identificar pessoas com essa predisposição genética. A ideia é desenvolver um kit que, por meio de uma gota de sangue, faça essa análise antes da aplicação do imunizante.“É um estudo em que depositamos muita esperança e vai indicar se a pessoa pode receber a vacina” – contou o pesquisador Reinaldo de Menezes Martins, consultor científico da Bio-Manguinhos.Ele cita um estudo, realizado em 2014, pelo Departamento de Microbiologia e Imunologia da New York Medical College para ressaltar a imprevisibilidade da ocorrência de reações adversas graves, a chamada doença viscerotrópica, cujos sintomas são bem parecidos com os da febre amarela e pode levar à morte. A pesquisa indicou que o risco era aumentado entre homens idosos, mulheres entre 19 e 34 anos, pessoas com uma variedade de doenças autoimunes, indivíduos que tiraram o timo (uma glândula endócrina que fica na área do pescoço cuja principal função é produzir células de defesa) e crianças com menos de 11 anos.“Há várias indicações de que os eventos adversos graves devem-se a fatores genéticos do indivíduo. Vamos analisar pessoas que apresentaram o quadro e sobreviveram e seus familiares” – disse Martins.

vacinação em indaiatuba

A Secretaria da Saúde de Indaiatuba após reunião de planejamento com o GVE 17 (Grupo de Vigilância Epidemiológica) do Estado de São Paulo decidiu centralizar nas Unidades de Saúde, a vacinação dos moradores da zona rural contra a febre amarela. Na avaliação das equipes técnicas, essa medida possibilita a ampliação da área de cobertura e proporciona mais agilidade no atendimento à população.
Com isso, cinturão rural dos bairros: Itaici, Jardim Aldrovandi, Jardim Brasil, Jardim Oliveira Camargo, Parque Residencial Indaiá e Campo Bonito receberam ação específica de vacinação ontem (21) e continua na segunda-feira, dia 24. O Departamento de Vigilância Epidemiológica já iniciou o envio de comunicados a essa população.
Ontem (21) das 8h às 17h a UBS V (Unidade Básica de Saúde) de Itaici; a Igreja São José em Videiras, os PSFs (Programa Saúde da Família) do Jardim Aldrovandi e Jardim Brasil abriram as portas para vacinar contra a Febre Amarela os moradores da área rural dentro dos seus setores de cobertura. Na segunda-feira, dia 24 será a vez dos PSFs do Jardim Oliveira Camargo e Residencial Indaiá, e UBS do Campo Bonito, que vacinarem das 8h às 17h, os moradores da área rural dentro do setor. Para essa ação, foram disponibilizadas pelo Estado, 20 mil doses da vacina. Para ser vacinado é preciso levar o comprovante de endereço, a carteirinha de vacinação e um documento com foto. As unidades, com exceção da Igreja São José, continuam com a vacinação para as pessoas que não puderem comparecer na data programada.
De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Rita de Cássia Jiampaulo Ferraz Vaz, a medida foi tomada para acelerar o processo de imunização contra a Febre Amarela. “O nosso trabalho de porta em porta não teve um aproveitamento satisfatório, pois muitas casas estavam fechadas, por se tratar de área com residências de veraneio. Então nós reformulamos o plano de ação para atender mais rápido a população de risco e assim já conseguimos incluir às áreas rurais de Itaici, Parque Residencial Indaiá, Campo Bonito, Jardim Oliveira Camargo e Jardim Brasil. É importante destacar que não temos a circulação do vírus em Indaiatuba, seja em macacos ou humanos. Em nosso planejamento toda a população que não tem nenhuma dose e pode receber a imunização, será vacinada. Conforme o atendimento da área rural for acabando vamos chegar na zona urbana”, explica Rita.
A vacina não será administrada em pessoas que já receberam uma dose no passado, gestantes, crianças menores de 9 meses e mulheres amamentando até os 6 meses do bebê. A vacinação nos idosos será mediante uma avaliação das condições de saúde. Esses que não podem receber a dose devem seguir as orientações com o uso de repelentes e evitar as zonas de mata.
Para os viajantes continua com o atendimento no Hospital Dia, localizado na Avenida Visconde de Indaiatuba, 199, Vila Vitória, e a UBS XVII, que fica na Rua José de Campos, 709, Jardim Morada do Sol. Nesses locais a população pode pedir informações de agendamento pelos telefones 3825-6430 do Hospital Dia e 3935-3338 da UBS XVII. O agendamento é feito no local e a pessoa deve preencher um questionário.