Silencioso, câncer de bexiga pode surgir sem perceber

Apesar de pouco conhecido, o câncer de bexiga é o segundo do trato urinário mais frequente entre os homens, atrás apenas do de próstata. Seus sintomas podem ser silenciosos, o que atrasa o diagnóstico. Com o objetivo de conscientizar sobre a doença – que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), atingiu no último ano, aproximadamente, dez mil pessoas no país -, o mês de julho foi escolhido para difundir informações sobre o assunto.
“Muitas vezes, esse tipo de neoplasia é confundido com outras enfermidades do trato urológico, como a infecção urinária, já que os sintomas são parecidos. A presença de sangue na urina, dor, queimação ou necessidade frequente de urinar mesmo sem a bexiga estar cheia são os principais sinais para buscar um especialista” – ressalta Daniel Herchenhorn, oncologista clínico do Grupo Oncologia D’Or.
O diagnóstico é feito por meio de exames de urina e de imagens, como a citoscopia, que é uma investigação interna da bexiga através de um instrumento com câmera. Durante o procedimento, é possível a retirada de células para biópsia ou, em alguns casos, até mesmo a retirada do próprio tumor.
Segundo Herchenhorn, o tabagismo pode aumentar as chances de uma pessoa ter câncer de bexiga, uma vez que os produtos químicos presentes no cigarro podem danificar as células do órgão.

Na fase inicial
Segundo estimativas do Inca, os cânceres mais frequentes nos homens, excluindo os de pele não melanoma (enfermidades de comportamento local sem risco de vida), são os tumores de próstata (o mais frequente e responsável por 28,6% de todas as neoplasias), seguido dos de pulmão, cólon/reto e estômago.
O oncologista Eduardo Bandeira de Mello, da Oncoclínica, chama a atenção para os exames de rotina.
“O diagnóstico precoce é realizado por meio de exames preventivos, fundamentais para detecção dos tumores em suas fases iniciais, quando procedimentos podem curar a maioria dos pacientes – observa o médico.