Saiba como investir o dinheiro – FGTS inativo

Investir em bens duráveis é uma dica

Agências abrirão um sábado por mês para auxiliar em dúvidas
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Mais de 30 milhões de trabalhadores devem buscar a Caixa Econômica Federal para sacar recursos de contas inativas do FGTS a partir do próximo mês. Só terão direito ao saque aqueles com contratos de trabalho finalizados até 31 de dezembro de 2015 e que não tenham sacado o benefício. Segundo a Caixa, há 49,6 milhões de contas nessa situação – 95% delas com valores até R$ 3 mil e 5% com valores superiores a R$ 3 mil. Com o recurso em mãos, surge a dúvida: o fazer com esse dinheiro?
A primeira dica, na avaliação de especialistas, é ser prático e pagar ou diminuir o saldo de dívidas. “Como o brasileiro médio está endividado, é preciso regularizar essa situação, a recomendação é quitar a dívida, se possível, ou adiantar parcelas a vencer para diminuir os juros”, aconselha o professor do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Bocaccio.
Para o professor, se a necessidade de consumo for alta, o melhor é investir em algum bem durável, de médio e longo prazo, porque usando o dinheiro para consumo imediato, ele se esvai. “É importante que a pessoa se lembre que o FGTS foi criado para garantir um socorro lá na frente, para o beneficiário ou seus dependentes. Então, é essencial que esse valor seja bem utilizado em uma capitalização ou em bens duráveis”, explica.
Bocaccio acredita que aqueles que vão receber uma quantia mais alta possivelmente já têm investimentos e podem aplicar o valor do FGTS inativo de acordo com o seu perfil. “Para quem quer correr os riscos, investir em renda variável, como bolsa de valores, é aconselhável, mas isso exige cuidado, pesquisa e sangue frio”, diz.
Já para os conservadores, ele sugere a aplicação em renda fixa ou no Tesouro Direto. “No caso do Tesouro Direto, a pessoa vai escolher de acordo com a remuneração e prazo do investimento. Essas opções não exigem tanta pesquisa e acompanhamento sistemático, são mais fáceis de se fazer”, exemplifica o especialista.