Pílula

04---Pílula-do-câncer

A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, que reúne 56 laboratórios, avalia que o Brasil entra na “história da ciência mundial (…) como o primeiro país a legalizar a irresponsabilidade (…) e a igualar o remédio com o não remédio”. Até agora, nenhum dos laboratórios teria indicado interesse em produzir a pílula do câncer. Mas Alfredo Scaff, médico consultor da Fundação do Câncer, avalia que a demanda pela fosfoetanolamina pode gerar um efeito tentador ao mercado: “Há risco de laboratórios se aproveitarem da lei e produzirem a pílula, sem controle de qualidade. O paciente corre risco se abandonar o tratamento atual”. O Ministério da Saúde não integrará o produto ao SUS, pois ainda não há análise de “eficácia, acurácia, efetividade e segurança da tecnologia”. E o Conselho Federal de Medicina recomenda que os médicos evitem a prescrição.