Pequenos Urbanos com estilo – NMAX 160 x PCX 150

Honda PCX 2016 chega renovado e preço de R$ 10.814

Um ponto positivo, já conhecido, da Honda PCX é seu sistema start-stop. Quando a moto está em inércia (em um semáforo, por exemplo), ele entra em um estado de desligamento.  texto:   José Antonio Leme/ae  | fotos: divulgação
Um ponto positivo, já conhecido, da Honda PCX é seu sistema start-stop. Quando a moto está em inércia (em um semáforo, por exemplo), ele entra em um estado de desligamento.
texto: José Antonio Leme/ae | fotos: divulgação

Em 2015, o segmento de scooters representou apenas 3% do mercado de motos, mas a praticidade, estilo moderno e descolado e facilidade de pilotagem desses modelos vêm angariando adeptos nos grandes centros – para uso como veículo diário. Por isso, surgem novos nomes na categoria, como o Yamaha NMax 160, lançado em abril.
Por R$ 11.390, o novato encarou e derrotou, neste comparativo, o líder de vendas do segmento, Honda PCX 150. Na versão avaliada, DLX, ele tem preço inicial de R$ 10.814 – que pode chegar a R$ 11.234 com rodas douradas e pintura branca metálica. O Yamaha se deu bem por oferecer um conjunto mais ágil e moderno, além de ter pitada extra de qualidade no acabamento e cesta de peças mais em conta.
O valor do seguro não foi considerado neste comparativo, pois não foram encontradas cotações para o NMax.
Os dois scooters saem de fábrica com faróis e lanternas de LED. Também está disponível nos dois espaços de 25 litros sob o banco – dá para transportar um capacete ou uma mochila, por exemplo.
O NMax oferece freios a disco com ABS. Já o PCX tem freio a tambor atrás e apenas frenagem combinada (CBS). Em compensação, só o Honda traz start/stop.
Em um veículo de baixo consumo, vale mais a segurança do ABS do NMax. O Yamaha, porém, tem tanque de 6,6 litros, ante os 8 l do PCX.
No quesito ergonomia, o NMax atende melhor pilotos mais altos, já que em curvas ou manobras em baixa velocidade o guidom mais elevado não bate nos joelhos. Com as pernas a 90°, a posição dos pés é boa em ambos, mas esticados ficam melhor no Honda.
Apesar da reestilização do PCX, o NMax tem visual mais moderno e bem-acabado, já que não traz peças à mostra, como a mesa do guidom, coberta por uma proteção plástica de qualidade.

NMAX É MAIS ÁGIL
No conjunto mecânico, NMax e PCX têm números próximos. O Yamaha traz motor monocilíndrico de 155,09 cm3, que gera 15,1 cv a 8.000 rpm e 1,46 mkgf a 6.000 rpm. O Honda, por sua vez, vem com um 149,3 cm3, que entrega 13,1 cv a 8.500 rpm e 1,36 mkgf a 5 000 rpm.
Contudo, o NMax mostra uma desenvoltura muito maior em acelerações, retomadas e agilidade em responder aos comandos do acelerador. Além de um ajuste melhor no câmbio automático CVT, esse comportamento esperto deve ser atribuído também ao motor mais moderno, que oferece comando variável de válvulas na admissão.
A suspensão de ambos é do tipo convencional na frente e com duplo amortecedor atrás, com ajuste de pré-carga. Porém, em vias com buracos e pavimentação ruim, o NMax se saiu melhor que o PCX – mesmo com a recalibragem que a Honda fez nos amortecedores.
O Yamaha transfere menos para a lombar do piloto os impactos com o piso e tem um curso maior atrás – de 90 mm, ante os 85 mm do rival. Ajudam também a neutralizar os impactos o tamanho dos pneus, que na NMax têm perfil mais alto – 48 na frente e 63 na traseira, contra 46 e 57 dos componentes usados pelo scooter Honda.
No Yamaha, os freios são a disco, simples nas duas rodas, com funcionamento progressivo. Já no PCX, apenas o dianteiro é a disco e ele traz só o sistema combinado, que sempre aciona os sistemas da frente e de trás juntos, independentemente do manete acionado.

No quesito ergonomia, o NMax atende melhor pilotos mais altos
No quesito ergonomia, o NMax atende melhor pilotos mais altos