Menos sal na comida – hipertensão continua

Quase 15mil toneladas de sódio de comida processada

Um acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia permitiu a retirada de 14.893 toneladas de sódio da comida industrializada entre 2011 e 2015. O objetivo é chegar à retirada do mercado brasileiro de quase o dobro disso, 28.562 toneladas, até 2020. Mas a quantidade de brasileiros com hipertensão, doença associada ao alto consumo de sódio, presente no sal de cozinha, permanece inalterada, pelo menos por enquanto. Um em cada quatro brasileiros sofre com a doença, número considerado alto pelo Ministério.
No Brasil, consome-se muito sal – e sem consciência. Segundo a pesquisa Vigitel, apenas 14,9% dos entrevistados consideram seu consumo alto. Porém, a média nacional é de 12 gramas de sódio por dia, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda cinco gramas, no máximo. Esse consumo exagerado pode gerar graves problemas de saúde, alerta Ivan Cordovil, coordenador do serviço de Hipertensão do Instituto Nacional de Cardiologia.
O cloreto de sódio (composição do sal) produz retenção de líquido no organismo, causando a subida da pressão arterial. E a hipertensão pode evoluir para um acidente vascular cerebral e enfarte – explica o médico: – O exagero no sal também está associado à insuficiência renal crônica.
Segundo o Ministério da Saúde, a principal fonte de sódio do brasileiro é o sal adicionado na preparação da comida em casa. Só depois vem o sódio dos alimentos processados e o sal nos alimentos preparados fora de casa.
Muito importante: você, dona de casa, reduza a adição de sal e açúcar na alimentação em casa e no restaurante. O sal e o açúcar adicionados em casa, pelas próprias pessoas, ainda é a grande parte do consumo – disse o ministro da pasta, Ricardo Barros.

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