Mamãe vegana, como repor os nutrientes fundamentais

Ao abrir mão de alimentos de origem animal, é preciso fazer a substituição

texto: Evelin Azevedo/infoglobo | foto: divulgação

Optar por se tornar vegano e abrir mão de todos os alimentos de origem animal é um grande desafio, que cada vez mais brasileiros têm se colocado à disposição para enfrentar. Mas é importante que, ao deixar de consumir carnes, ovos e leite, por exemplo, a pessoa procure por fontes naturais dos principais nutrientes fornecidos por esses alimentos, para que a mudança em prol dos animais não seja prejudicial à própria saúde. As mulheres grávidas podem seguir a dieta, mas devem redobrar a atenção.
“A gente sempre se preocupa com a deficiência em vitamina B12 (existente nos alimentos de origem animal), mas se a gestante seguir direitinho a dieta, não afeta em nada a gravidez nem o bebê” – afirma Mariana Conforto, ginecologista e obstetra da Perinatal.
Além da vitamina B12, as grávidas veganas devem prestar atenção em seus níveis de zinco, ácido fólico, ferro, cálcio e vitamina D (veja quais alimentos consumir) para ter uma gestação saudável.
“Sabemos que uma boa alimentação durante a gravidez é indispensável. Com a supressão da gordura animal, temos que tomar cuidado com a substituição correta do que foi retirado. Com orientação profissional conseguimos garantir de forma saudável, durante a gestação vegana, que o bebê receba nutrientes necessários” – explica Renata Vilardi, nutricionista da Clínica Revigore.
O zinco, por exemplo, é necessário para o crescimento e reparo celular, assim como produção de energia. Já o cálcio é fundamental para o desenvolvimento do esqueleto do bebê, que está em formação. Se os níveis desses nutrientes estiverem baixos, o feto passa a roubá-lo da mãe.
“A ausência da ingestão de leite não traz nenhum problema, desde que a mulher tenha acesso ao cálcio de outras formas, como caprichar nas folhas verde-escuros”, aconselha a profissional Renata Vilardi.