Impressionismo de série BMW 320i M

Veículo oferece bons desempenho e dirigibilidade

Quase tudo é bom no 320i M, que agrada no uso diário e em viagens, pois apesar de um acabamento de qualidade, o desenho inteior falta renovação divulgação
Quase tudo é bom no 320i M, que agrada no uso diário e em viagens, pois apesar de um acabamento de qualidade, o desenho inteior falta renovação
divulgação

A tarefa de um avaliador é procurar defeitos, sem obsessão, e salientar qualidades, com moderação. Mas e quando o objeto de avaliação é um produto que beira à perfeição, um projeto acertado em cada detalhe? O BMW Série 3, vendido no Brasil por R$ 189.950 na versão 320i M Sport, é um daqueles carros em que é preciso se beliscar o tempo todo para não perder o foco e se deslumbrar.
Há versões mais fortes do Série 3 e até mais bonitas, como a esportiva M3. Porém, o 320i tem um equilíbrio entre potência, uso urbano e consumo que, aliado ao acerto impecável das suspensões, faz dele um sedã ‘matador’.
O carro produzido em Araquari (SC) traz, sob o capô, o motor 2.0 turbo flexível, que entrega 184 cv e 27,5 mkgf independentemente do combustível escolhido. O maestro da orquestra é o câmbio automático de oito velocidades.
A primeira e a segunda marchas são bem curtas e a sétima e a oitava, bastante longas. O objetivo é priorizar, respectivamente, o desempenho e a economia de combustível.
Como todo o torque está disponível a partir das 1.250 rpm, há força de sobra em qualquer situação, mas também dá para andar a 50 km/h sem que o carro fique ‘pedindo’ para acelerar. A 120 km/h, o modelo parece rodar na metade dessa velocidade, tamanha a suavidade do conjunto.
Também é agradável perceber como as suspensões independentes funcionam e se adaptam bem a situações variadas. Em baixa velocidade, os multibraços da traseira dão aderência na mesma proporção em que absorvem bem os impactos, com pouco retorno de mola em buracos maiores.
Em alta, grudam o 320i no chão e fazem o sedã médio ter ótimo comportamento mesmo em curvas rápidas.
Com bom espaço, o interior do BMW agrada também pela qualidade da construção. Tudo é bem-feito e os materiais refletem o bom nível que um modelo desse porte deve ter.
Mas há uma crítica: a cabine está datada e merece uma renovação total na próxima geração do carro, como a Mercedes fez com o Classe C. Uma boa lista de equipamentos, com vários airbags, controles eletrônicos, sen-
sores, conectividade e sistema que recupera a energia das frenagens, mais o porta-malas de 480 litros, completam o bom conjunto.