DIALOGANDO SOBRE: O Mundo robotizado

Adriana Sartorelo
Psicopedagoga, Pedagoga,
Licenciatura Em Letras

Tenho percebido o quanto as crianças dessa nova geração e adultos estão sendo alienados pelos computadores, jogos de videogame e celulares, sem contar os Ipods e os ‘Ais não-
sei-o-que’ que existem por aí…
Não vemos mais crianças brincando nas ruas, correndo atrás de pipas como há 20 anos… Hoje, as crianças mal sabem o que é uma caminhada, pois sempre estão cansadas. Não gostam de fazer pinturas com lápis de cor, no entanto, seus pais compram livros de colorir para aliviarem o estresse.
Meninas de 8, 9, 10 anos cultuam um corpo perfeito baseadas em determinadas celebridades que mal sabem falar o bom português. Cultivam o ‘comprar’ como ‘status’ e passam a exibir suas conquistas para obterem o simples mérito de serem populares ou invejadas pelas amigas no facebook, twitter, instagram.
Vemos um mundo de consumismo tão grande que as crianças se transformaram em pequenos robôs inseridos em uma sociedade alienada a padrões, regras e preconceitos e, os pais, exibindo-as como verdadeiros troféus.
Não vemos mais pessoas conversando animadamente sem possuírem um celular conectado. Adultos e crianças vivem baseados em fotos e vídeos das próprias vidas como se vivessem no verdadeiro mundo do ‘BBB’. Adultos postam suas fotos e deixam de bater papo com os amigos na mesa para ficarem olhando a cada dois minutos quantas pessoas curtiram.
Pessoas carentes estão cultuando, sem perceber, o verdadeiro caos robotizado e as crianças são o reflexo dessa conduta.