Bem na foto: confira dicas de como tirar sua selfie

Autorretratos, as famosas selfies que alimentam redes sociais e egos, são uma marca das viagens atuais. E tudo bem: quem somos nós – qualquer um de nós – para julgar os outros turistas? O fotógrafo Cristiano Xavier até gosta da tendência: “acho interessante isso. Vejo selfie como a marca da época em que vivemos”, diz.
Se o que você quer mesmo é registrar sua passagem pelo mundo e ganhar muitas curtidas por isso, siga as dicas dos fotógrafos.

Enquadramento
Para uma selfie de viagem significativa, capaz de mostrar que você está em algum lugar incrível longe de casa, tenha em mente que o ambiente é tão importante quanto você e as pessoas com quem viaja. “Tire o seu rosto do centro da imagem, fique de um lado da foto e deixe a paisagem aparecer do outro”, ensina João Marcos Rosa.
Para melhor enquadrar monumentos grandes – a Ópera de Sydney, por exemplo -, afaste-se deles. Ande para longe com o celular, observando como o objeto em questão vai se ajustando ao espaço da foto.

Movimento
Para Haroldo de Castro, as boas fotos de pessoas – inclusive as de si mesmo – precisam mostrar alguma ação. “Uma foto parada, com apenas um sorriso forçado, vai ganhar bem menos likes do que uma imagem que revele que algo está acontecendo naquele momento”, aposta o fotógrafo. Assim, ele sugere “usar o gerúndio”: você comendo, correndo, pegando onda, se divertindo, enfim, fazendo alguma coisa.

Expressão
Na mesma linha de valorizar a ação, Henderson Moret diz que uma selfie diferente registra mais o movimento que a pose. “Em vez de uma foto sorrindo, tire várias brincando, em situações engraçadas, fazendo caretas, cócegas, caras de susto”, sugere.

Ângulo
Aqui, o bastão de selfie – caso seu uso seja autorizado no local – pode ser seu melhor amigo. Busque ângulos diferentes do tradicional de cima para baixo”, sugere Moret.
No Peru, Cristiano Xavier chegou a colocar o seu dentro de um forno para garantir um autorretrato incomum. “Usei o bastão para colocar a câmera dentro do forno onde estavam assando um cui, um porquinho -da-índia, e a perspectiva ficou interessante”, lembra. Vale a recomendação: cuidado ao tentar repetir a ousadia.