Animação estreia nos cinemas – carros 3

McQueen retorna na nova animação da Pixar

Relâmpago é desafiado por um novo carro de alta tecnologia chamado ‘Jackson Storm’, que torna-se um novato sensação
Relâmpago é desafiado por um novo carro de alta tecnologia chamado ‘Jackson Storm’, que torna-se um novato sensação

Crescer e envelhecer é o tema central do filme, que abre com o campeão de corridas ‘Relâmpago McQueen’ ainda dominando a classificação da Copa Pistão. Mas pouco depois de o filme começar com uma boa montagem, o reinado de McQueen é desafiado por um novo carro de alta tecnologia chamado ‘Jackson Storm’, que torna-se um novato sensação da mesma forma que ele fez no primeiro ‘Carros’. Agora, McQueen é o veterano ‘grisalho’ tentando acompanhar os competidores mais novos e rápidos.
Na última corrida do ano, McQueen sofre um acidente devastador. Quando a próxima temporada começa, nosso incerto herói tem um novo patrocinador (um louco por dinheiro) e um ultimato: Vencer a primeira corrida do ano ou aposentar e tornar-se um ‘modelo’ para produtos automotivos. Esta cena, em uma sala cercada por mercadorias embutidas com o rosto do Relâmpago McQueen, é um tiro na fama da Pixar e Disney por criar uma franquia ‘sem criatividade’ somente para vender brinquedos e outras mercadorias. Não há como negar os bilhões de dólares que os produtos licenciados desses filmes geraram para seus proprietários corporativos, mas vale lembrar que ‘Carros’ foi concebido como uma declaração profundamente pessoal do diretor criativo da Pixar, John Lasseter, sobre a cultura do carro e as lendas da Rota 66.
‘Carros 2’ ampliou o escopo da franquia ao dedicar-se a uma fantasia de espionagem mundial, e os resultados foram incrivelmente estranhos e inconsistentes. No entanto, sob a nova direção de Brian Fee, traz as coisas de volta à ‘terra’, contando uma história muito simples e mais relacionável que desperta clara emoção, comum em longas de esportes com foco no ‘azarão’.
Espectadores que gostaram dos elementos mais bobos de carros ‘Carros’ e ‘Carros 2’ podem não se animar com a direção desse filme; O amigo atrapalhado de McQueen, Tom Mate é consideravelmente relegado ao ‘esquecimento’ e foi inteiramente por longos trechos. Enquanto ‘Carros 2’ parecia excessivamente preocupado em explorar o seu mundo surreal, levantando todo tipo de perguntas sobre como os carros funcionavam, ‘Carros 3’ concentra-se, em vez disso, nos personagens e suas emoções. McQueen é extremamente interessante como um frustrado, e a energia em excesso de Cruz Ramirez causa um ótimo contraste. Ela também possui seu grande monólogo, onde revela que decidiu trabalhar como treinadora à custa de seu desejo de tornar-se uma piloto como McQueen. Quando criança, ela foi convencida de ‘sonhar pequeno ou nem sonhar’ pela família e pilotos que lhe disseram que não pertencia à pista porque era diferente de todos os outros.
Lentamente, a busca por redenção de McQueen dá lugar à busca de Cruz pelo respeito e auto-realização, e fica claro que ‘Carros 3’ é, como vários outros filmes da Pixar, sobre a magia que acontece quando pessoas de diferentes origens aprendem a trabalhar em conjunto. O longa também possui um subtópico encantador sobre professores, como o antigo mentor de McQueen, Doc Hudson e o mentor do Doc, ‘Smokey’, que ajuda o carro de corrida vermelho a recuperar-se. Sem nunca ser explícito, ‘Carros 3’ também está cheio de mensagens importantes para crianças sobre justiça, igualdade e empatia. É, em outras palavras, um conto da Pixar muito tradicional e eficaz.