Volvo oferece dirigibilidade refinada

Com visual semelhante ao do ‘irmão’ maior, traz novos auxílios

O modelo, que está em fase de pré-venda até agosto, irá ao Brasil em três versões. A Momentum custa R$ 235.950. A Inscription sai a R$ 256.950 e a R-Design, a R$ 266.950
O modelo, que está em fase de pré-venda até agosto, irá ao Brasil em três versões. A Momentum custa R$ 235.950. A Inscription sai a R$ 256.950 e a R-Design, a R$ 266.950

Nas autoestradas e rodovias vicinais da ensolarada região da Catalunha, na Espanha, o XC60 mostrou que tem atributos para enfrentar os rivais alemães (Q5, X3 e GLC). E não só no quesito tecnologia. Ele também é páreo para o Audi, o Mercedes e o BMW em dirigibilidade.
Nas curvas, o novo XC60 está mais estável, resultado do uso de diferentes tipos de aço na confecção do monobloco. A Volvo divulga que o modelo ficou mais rígido que o da geração anterior, o que é possível perceber atacando curvas fechadas, situação em que a carroceria rola menos. Parte desse comportamento é resultado do trabalho das novas suspensões. Na frente, foi adotada a independente do tipo Double Wishbone. Comparada à mais tradicional, McPherson, ela reduz o mergulho da dianteira em frenagens e nas curvas.
Atrás, o XC60 usa o eixo integral, que é um subchassi com multilink independente. O rodar do carro continua confortável e silencioso. Porém, agora as respostas aos comandos no volante estão mais diretas, o que empolga quem gosta de uma condução mais esportiva.
A única versão disponível para avaliação, a T6, não será levada ao Brasil. Ela traz motor 2.0 turbo de 320 cv. A resposta do acelerador é rápida mesmo no modo de condução confortável. Isso permite realizar ultrapassagens com tranquilidade, enquanto a transmissão de oito marchas faz trocas ágeis e sem trancos.
No modo dinâmico, os 320 cv são entregues de maneira tão abrupta que chega a ser exagerada. As respostas ficam bem agressivas, o que exige cuidado do motorista para não ultrapassar o limite de velocidade da rodovia.

Irmão menor cheio de atitude

A expressão ‘mini XC90’ é bem adequada à nova geração do Volvo XC60, que chega ao Brasil em setembro. E, nesse caso, o diminutivo não é um atributo ruim para o utilitário-esportivo médio que será importado da Suécia (o anterior vinha da Bélgica) Aqui, a expressão ‘mini’ é usada porque, além da familiaridade, o novato traz as tecnologias de ponta do “irmão’ maior para uma categoria de carros acessíveis.
O modelo, que está em fase de pré-venda até agosto, irá ao Brasil em três versões. A Momentum custa R$ 235.950. A Inscription sai a R$ 256.950 e a R-Design, a R$ 266.950. Inicialmente, ele chegará apenas com o motor quatro-cilindros 2.0 turbo, a gasolina, de 254 cv, e câmbio automático de oito marchas. No fim de 2018, a Volvo pretende lançar a versão a diesel, com o 2.0 de 235 cv, e a híbrida T8 (407 cv).

HERANÇA
O XC60 usa a mesma plataforma modular do XC90, a SPA, na qual apenas a distância entre a coluna de direção e o eixo dianteiro é fixa. Todas as outras especificações podem variar de acordo com o carro. Entre os itens de segurança, há várias novidades. O sistema City Safety, que faz detecção de pedestres, carros, ciclistas e animais e toma a ação de acionar os freios, funciona a até 60km/h (antes, era até 50 km/h).
Outra função adicionada ao sistema é o auxílio ao motorista em manobras para evitar colisões. O sistema age freando as rodas do lado de fora, para evitar capotamento, e reduzindo o esforço do condutor sobre a direção, para tornar o movimento mais ágil.
O XC60 oferece também alertas de colisão dianteira e traseira e de saída da faixa de rolagem (com direito a uma leve retomada da direção). Há ainda leitura de placas de sinalização, frenagem pós-impacto – para evitar um segundo choque – e controlador de velocidade de cruzeiro.
Isso tudo já na versão Momentum. A partir da Inscription, o controlador de velocidade passa a ser adaptativo. Há também alerta de ponto cego associado a função semiautônoma até a velocidade de 130 km/h.
Esse recurso funciona assim: se houver risco de colisão com algo no ponto cego do carro, ele emite um alerta e, caso o motorista não tome uma ação, traz o XC60 de volta à faixa. Também são de série quatro modos de condução (econômico, confortável, dinâmico e personalizável, que permite ajustar resposta de motor/câmbio e direção separadamente) e detector de ponto cego em cruzamentos.
Entre os equipamentos mais tradicionais, são de série em todas as versões ar-condicionado de duas zonas, faróis de fachos alto e baixo de LED, assistente de partida em aclives e declives, seis airbags, bancos dianteiros com ajuste elétrico, teto solar panorâmico e freio de estacionamento elétrico.
Por fora, o novo XC60 tem desenho que o identifica com a antiga geração, principalmente na dianteira. Já as lanternas são parecidas com as do XC90. Internamente, o carro é a cópia do ‘irmão’ maior. O volante de boa empunhadura traz os mesmos comandos e a ignição é feita por meio de um discreto botão no console. A central multimídia vertical é a mesma, com tela de 9”. Esse monitor sensível ao toque concentra todas as funções que seriam delegadas a botões, deixando a cabine elegante e sóbria, com poucas informações visuais.
Compartilhado também é o painel de instrumentos virtual com tela de 12,3” nas versões Inscription e R-Design e de 8” na Momentum.

Um pequeno deslize é o plástico duro usado em partes da cabine
Um pequeno deslize é o plástico duro usado em partes da cabine