Versão de entrada é bem despojada

Volkswagen Virtus é estiloso e tem amplo porta-malas

texto: Por Hairton Ponciano/agência estado | fotos: divulgação

O Virtus disputará mercado com uma ampla gama de sedãs, que vai do Chevrolet Prisma ao Honda City. O maior rival deverá ser o também novato Fiat Cronos. Por isso, além da plataforma moderna e do visual estiloso, o VW tem vários equipamentos, principalmente nas versões intermediária (Comfortline) e de topo (Highline).
Feita para brigar com os sedãs mais acessíveis, a versão MSI é a mais despojada da linha. Embora tenha itens de série como quatro airbags (dois frontais e dois laterais), vidros elétricos nas quatro portas, regulagem de altura do banco do motorista, computador de bordo, sistema Isofix de fixação de assento infantil e suporte para celular, não há ajuste de coluna de direção, rodas de liga leve e ajuste elétrico para os espelhos, por exemplo. As rodas de 15” são de ferro.
A partir da Comfortline, o sedã traz de série equipamentos como freio a disco nas quatro rodas (a de entrada vem com tambores atrás), controle de estabilidade, banco traseiro bipartido, volante com comandos do som e rodas de liga leve (15”).
A mais cara (Highline) é a única a oferecer o quadro de instrumentos virtual, e, ainda assim, como opcional. O dispositivo, batizado pela Volkswagen de Active Info Display, é configurável e permite reproduzir o mapa do navegador GPS, além de alterar tamanho de velocímetro e conta-giros, por exemplo.
A tela tem dez polegadas. Também são pagos à parte itens como câmera na traseira, central multimídia com tela de 8”, bancos com revestimento que imita couro, rodas de 17” etc.
De série, a Highline tem porta-luvas refrigerado, luzes de LED de uso diurno, faróis de neblina com função direcional (acompanham o ângulo das curvas), aletas no volante para trocas manuais de marcha e rodas de 16”, entre outros itens.

A função encontrou a forma
Sentado no banco de trás do Virtus, o assessor de imprensa da Volkswagen resumiu os atributos do novo sedã aos jornalistas que ocupavam os assentos dianteiros, durante a viagem de avaliação: “Aí na frente, vocês estão em um Polo. Eu estou no Virtus”. A síntese é precisa. Até a metade, o sedã é idêntico ao hatch do qual deriva, tanto na aparência quanto em dirigibilidade. Da coluna central para trás, tudo muda.
Enquanto conferíamos o bom desempenho proporcionado pelo motor 1.0 TSI, de três cilindros com turbo, que gera 128 cv, o funcionário da marca ia bem acomodado no banco traseiro, graças ao amplo espaço para as pernas.
O Virtus tem 2,65 metros de entre-eixos, ou 8,5 cm a mais que o Polo. Isso resultou em área adicional para quem vai atrás. No sedã, os joelhos ficam bem mais longe do banco dianteiro do que no hatch.

Da mesma forma, há muito mais espaço para bagagens. O porta-malas tem 521 litros de capacidade, 221 l a mais que o do Polo (300 l). Isso é resultado dos 4,48 m de comprimento, ou 42,5 cm a mais que o hatch.
O novo sedã, feito em São Bernardo do Campo (SP), chega às autorizadas nesta semana em três versões. A MSI tem tabela a partir de R$ 59.990 e vem com motor 1.6 de quatro cilindros e até 117 cv. A Comfortline (a partir de R$ 73.490) e a Highline (que parte de R$ 79.990) traz o 1.0 turbo de 128 cv, como o do carro avaliado.
Enquanto o 1.6 funciona em conjunto com o câmbio manual de cinco marchas, o 1.0 turbo (TSI) trabalha em sintonia com a transmissão automática de seis marchas. Ao contrário do Polo, o sedã não terá opção 1.0 aspirada. A explicação está no fato de que o sedã é mais voltado às famílias. Por isso, em tese, leva mais gente e mais bagagem.
Assim como o Polo, o Virtus tem acabamento simples e muita tecnologia. Os plásticos rígidos não agradam ao tato. A tampa do porta-luvas, sem nenhum tipo de amortecimento, despenca quando é aberta.
Como no ‘irmão’, não há alça no teto para a mão. E o carpete em volta dos suportes da tampa do porta-malas, sem nenhum cuidado, deixa até fios aparentes. Chega a ser um contraste diante da carroceria bem desenhada.
O sedã tem estilo com muito mais personalidade do que o próprio Polo. Nas ruas, o hatch praticamente não chama atenção, e, quando é notado, chega a ser confundido com o Gol, embora a comparação seja injusta.
O Virtus tem visual mais moderno que o do Voyage e dimensões próximas às do Jetta da geração antiga (a nova deverá chegar ao país em breve). Os dois têm a mesma distância entre os eixos, mas o porta-malas do Virtus é maior (no Jetta, são 510 l).
Além disso, como no Polo, o encosto do banco dianteiro pode ser totalmente rebatido para a frente, o que permite levar objetos compridos. O dispositivo, porém, é um opcional da versão Highline.