Atividade mistura circuito funcional com artes marciais

Modalidade em alta monitora frequência cardíaca do aluno

texto: Evelin Azevedo/infoglobo | fotos: divulgação

Treino de atleta adaptado para qualquer tipo de pessoa. Este é o lema do cross combat box, modalidade que une movimentos de artes marciais com circuitos de treinamento funcional. Nele, são trabalhados exercícios aeróbicos e isométricos (que são ‘parados’ e visam aumentar a resistência). Foi de olho nesta metodologia que o estudante de letras Altair Neto, de 25 anos, começou a treinar no início de maio.
“Como não posso fazer atividades de muito impacto nem esforço acima da linha do pescoço, escolhi o cross combat box. Ele dá a possibilidade de adaptar os exercícios à minha realidade. Não perdi peso na balança, mas percebi que minhas medidas diminuíram pois agora entro em roupas que não entrava antes” – conta o jovem que fraturou o pescoço e a coluna cervical quando tinha 12 anos e, há cinco meses, está curado de um câncer no testículo.
A aula tem duração de uma hora, dividida em três etapas chamadas de zonas verde, amarela e vermelha.
Cada uma delas é pautada na frequência cardíaca do aluno e executada com movimentos ginásticos, levantamento de peso e exercícios metabólicos como a remada.
“Essa modalidade está na mesma linha que outras duas comuns no mercado: o treino de queima de calorias e o crossfit. Aqui usamos um frequencímetro para aferir a frequência cardíaca do aluno e basear o treino de acordo com a capacidade dele naquele dia” – explica Thiago Cardoso, professor de educação física e responsável pela atividade na Team Nogueira Cachambi.
O risco de lesões nessa modalidade é baixo, como afirma o ortopedista Antonio Polaco.
“Como é uma atividade teoricamente de artes marciais, mas sem contato físico, há baixo risco de lesões. Porém, é importante ter a liberação de um cardiologista e de um ortopedista para iniciar a prática”.

Saiba mais
Emagrece:
os exercícios aeróbicos propostos no treinamento e baseados na frequência cardíaca do aluno fazem com que o corpo continue queimando calorias mesmo horas depois do fim da atividade, o que ajuda a emagrecer.

Tônus muscular: o treinamento fortalece os músculos e aumenta a capacidade e a força deles. Os resultados são observados aos poucos.

Resistência: exercícios isométricos ajudam a aumentar a resistência dos músculos. Assim, o aluno torna-se capaz de realizar diversas atividades com mais segurança.

Previne lesões: músculos fortes e resistentes são menos suscetíveis a lesões. Além disso, os exercícios do cross combat box são realizados de acordo com o limite físico do aluno o que diminui as chances de problemas nos músculos e articulações.

Melhora o condicionamento: o trabalho baseado na frequência cardíaca melhora o condicionamento físico do aluno. Os exercícios sugeridos, por fazerem parte de um treinamento funcional, reforçam os músculos mais usados para atividades do dia a dia como levantar objetos mais pesados.