Vitiligo, é autoimune e com causa ainda não conhecida

Doença não é contagiosa e pode afetar pessoas de qualquer sexo, idade e etnia

Nove anos após a morte do cantor Michael Jackson, a data é utilizada para o Dia Nacional do Vitiligo, doença da qual o artista sofria. A data foi escolhida para conscientizar a população sobre esse problema autoimune, caracterizado pela perda do pigmento da pele – a melanina – o que leva ao surgimento de manchas brancas ou sem cor (acrômicas).
A doença acomete pessoas de todas as etnias, sexos e idade, e pode aparecer de forma localizada ou generalizada. As manchas costumam aparecer no rosto em volta dos olhos e da boca, em locais que sofreram traumas, nas extremidades como as pontas dos dedos e, normalmente, surgem nos dois lados do corpo.
“Quando acomete áreas com pelos, como cílios, sobrancelhas e couro cabeludo, pode haver também a perda da coloração dos fios”, detalha Camila Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e responsável pelo Instituto da Pelle Madureira.
As causas do vitiligo ainda não são totalmente conhecidas, mas algumas pessoas carregam consigo uma predisposição genética que favorecem o aparecimento da doença, principalmente quando associadas a fatores desencadeantes.
“Ela pode estar relacionada a outras doenças autoimunes, como a tireoidite (inflamação da tireoide). Mas também depende do fator do momento que cause a alteração. Um dos mais frequentes é o estresse emocional. Porém, também ocorre de o aparecimento da mancha causar um estresse, que vai fazer o ciclo se perpetuar”, explica Ivonise Follador, médica dermatologista da SBD.

Diagnóstico
O vitiligo não apresenta sintomas como dor, coceira e ardência. Pode acontecer de o paciente começar a perceber manchas mais claras na pele até que elas fiquem totalmente sem cor.
“O diagnóstico do vitiligo, no geral, é clínico, feito por exame físico no paciente, podendo ter o auxílio de uma iluminação especial, chamada de lâmpada de Wood. A biópsia cutânea, quando realizada, revela a ausência completa de melanócitos (células produtoras de melanina) nas zonas afetadas”, afirma Camila.
Como a causa ainda não é definida, não existem maneiras cientificamente comprovadas que ajudem a evitar o surgimento da doença. Algumas recomendações são dadas às pessoas nas quais o vitiligo já se manifestou.