Aprenda como identificar um medicamento falsificado

texto: Evelin Azevedo/infoglobo | ilustração: divulgação

Onde você compra os remédios que consome? Escolher farmácias de confiança é uma das maneiras de evitar consumir medicamentos falsificados. De acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde, 10% dos remédios que são vendidos em países em desenvolvimento são falsos. Segundo o órgão, isso é uma ameça que cresce nos últimos anos, pois o comércio farmacêutico é cada vez maior pela internet.
“As pessoas devem exigir da farmácia a nota fiscal e observar a embalagem do produto. A falsificação tem diversos graus, desde a mais rudimentar até a mais sofisticada. Por isso, é importante que o consumidor fique atento” – alertou Eurico Correia, diretor da Pfizer.
A embalagem sempre deve conter um número de registro no Ministério da Saúde (que pode ser consultado neste link: sngpc.anvisa.gov.br/ConsultaMedicamento/index.asp), além do nome e do registro do farmacêutico responsável pela formulação do produto.
“Considera-se um remédio falso aquele que tem substâncias com concentração maior ou menor do que o recomendado, ou até mesmo sem o princípio ativo do medicamento” – explicou Thaís Morais Pereira, farmacêutica da Extrafarma.

Prejuízo à saúde e até risco de morte

As consequências do uso de um medicamento falso são variadas, pois tudo vai depender do tipo de alteração que o remédio sofreu.
“Ao comprar o medicamento, o que se espera é resolver o problema. Mas pode ser que ele não surta efeito algum ou até piore o quadro de saúde da pessoa que está o consumindo” – alertou o farmacêutico Adriano Heleno Ribeiro.
A OMS deixou a cargo da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, o estudo dos impactos causados pelo uso de remédios falsos. A Instituição calculou que até 72 mil mortes de pneumonia infantil podem ser atribuídas ao consumo de antibióticos cuja concentração das substâncias fundamentais era menor do que o recomendado.
Ao consumir um remédio falso, a orientação é procurar imediatamente o médico que o receitou, para minimizar os riscos de efeitos colaterais. Além disso, faça uma denúncia à Vigilância Sanitária para que seja realizada uma inspeção na farmácia.