Viagens também exigem cuidados – O que fazer com o pet?

Veterinária da Drogavet traz dicas para que o tutor viaje tranquilo

Além de organizar a viagem é preciso definir o que fazer com o bicho de estimação neste período. “Levá-lo junto ou deixá-lo em casa nem sempre é uma decisão fácil para quem tem um pet”, argumenta a veterinária da Drogavet, Andressa Felisbino. “Assim, a alternativa é o planejamento e todas as possibilidades devem ser bem avaliadas para o bem-estar do animal”, observa a profissional.
Segundo ela, não basta escolher um hotel pela programação de atividades. É preciso ficar atento a questões de segurança e também realizar uma série de preparos que auxiliem o pet neste momento. No caso da possibilidade de viajar e levar o animal junto, alguns detalhes podem tornar a viagem mais tranquila. O mesmo vale para quem vai deixar o pet em casa com o apoio de amigos, parentes ou com uma pet sitter.

orientações

• Quando os proprietários de pets viajam, costumam deixar seus cães e gatos em hotéis ou sob cuidados de uma pet sitter. Qual é a opção mais indicada?
Tudo depende do perfil do animal e é ideal pensar em qual ambiente ele vai se adaptar melhor. Cães ativos, grandes, brincalhões tendem a ficar bem em hotel. Lá poderão brincar com outros pets e interagir com humanos, sentindo menos a falta do tutor. Para um animal idoso, quieto, e até mesmo para aqueles que são medrosos e com menos atividades diárias, a melhor opção é a pet sitter. O animal permanece em casa, não se estressa com transporte e mudança de ambiente, e a pessoa vai até ele para cuidar da alimentação e das tarefas de rotina, inclusive passeios. A pet sitter é a melhor opção para os gatos..
• Se o pet for para um hotel, quais os cuidados a serem tomados?
O primeiro passo é visitar o local e conversar com os profissionais responsáveis pelo manejo com os pets. Fique atento à higiene e a segurança do espaço. Um item importante a observar é se o hotel hospeda somente animais sadios com a carteira de vacinação em dia. Decidido o espaço, faça uma avaliação médica do animal e verifique se a carteirinha de vacinas está em dia, além do vermífugo, do antipulgas e do carrapaticida que devem ser aplicados preferencialmente na semana anterior à estadia. Imunização contra gripe e raiva são fundamentais. É necessário levar os acessórios e a ração que o pet costuma utilizar em casa, além da cama e cobertores que trazem o cheiro do lar. Alguns veterinários costumam recomendar florais para minimizar o estresse do pet e facilitar sua adaptação ao ambiente. Importante verificar como ocorre o manejo dos animais no hotel e se há supervisão de profissionais capacitados durante as atividades. Isso evita o risco de acidentes entre cães de diferente porte.
• Resolvi levar o pet junto. E agora?
Em caso de viagens é preciso evitar ao máximo que a saída da rotina estresse o pet, especialmente se ele não estiver acostumado a andar de carro. Neste sentido, algumas semanas antes do passeio comece a fazer voltas curtas de automóvel com o animal pelo seu bairro. Providencie ou verifique se o cinto de segurança do pet ou a caixa de transporte estão corretos e cuide para que a temperatura do carro esteja agradável. Lembre de levar água e ração suficientes para a viagem e o período em que estarão fora. É recomendável que, em viagens longas, o tutor providencie paradas a cada duas horas para que o pet possa se movimentar, esticar as patas e fazer suas necessidades fisiológicas, além de oferecer água em pouca quantidade. Em viagens longas a orientação é que o pet faça um jejum de três horas.