Operação da Polícia Federal contra fraudes em licitações prendeu o vice-prefeito de Hortolândia Carlos Augusto Cesar, conhecido como ‘Cafu Cesar’.
O vice-prefeito de Hortolândia, Carlos Augusto Cesar, conhecido como Cafu, foi preso nessa última quarta-feira (12) durante uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes em licitações públicas. Ele tem 63 anos e é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Cafu foi eleito em 2024 como vice na chapa do prefeito Zezé Gomes (Republicanos), reeleito no primeiro turno com 55,07% dos votos válidos.
Natural de Ponte Nova (MG), Cafu declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter ensino superior incompleto e atuar como aposentado, com patrimônio de R$ 1.315.955,00. Ele é divorciado e se identifica como branco.

A chapa “O trabalho tem que continuar, Hortolândia não pode parar”, formada por Republicanos, PP, Podemos, PSB, PSD e a Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), venceu as eleições de 2024 com 60.742 votos, e manteve no comando da prefeitura Zezé Gomes, que havia assumido o cargo após a morte do então prefeito Angelo Perugini (PSD) em decorrência da Covid-19.
Operação
Durante a operação, foram executados 50 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em São Paulo, no Distrito Federal e no Paraná. Todos foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas (SP).
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e três de prisão na região de Campinas (SP). Além da metrópole, as ações também ocorreram em Hortolândia, Sumaré (SP), Limeira (SP) e Piracicaba (SP).
Os envolvidos podem responder por crimes como corrupção, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação irregular e organização criminosa.
Colaboração
A secretária de Assuntos Jurídicos de Hortolândia, Silvânia Anízio, afirmou à EPTV que a prefeitura colaborou integralmente com a Polícia Federal durante a operação realizada nas secretarias de Educação e de Governo, entregando todos os documentos solicitados.
Legalidade
Segundo ela, os agentes recolheram quatro processos ligados à empresa Life Tecnologia Educacional, responsável pelo fornecimento de materiais didáticos e de robótica. O contrato com a empresa segue ativo.
Anízio destacou que todos os processos seguem a Lei 14.133/2021 e passam por acompanhamento rigoroso, afirmando que “tudo é feito dentro da legalidade.”
O vice
Sobre a prisão do vice-prefeito, a secretária disse que a prefeitura aguarda acesso ao processo antes de se manifestar, e que questões relacionadas a ele cabem à defesa particular.
Por fim, ela reafirmou a confiança nos mecanismos de controle interno e a disposição da administração em cooperar com as investigações, reforçando que todos os procedimentos municipais estão “em consonância com a lei”.
