Indaiatuba e Oxitec iniciam segunda fase do Projeto Aedes do Bem™

Projeto foi aprovado pela CTNBio, órgão regulador de Biossegurança no Brasil

Foto Arquivo- Eliandro Figueira RIC/PMI

A Prefeitura de Indaiatuba por meio da Vigilância em Saúde junto da Oxitec do Brasil se preparam para a instalação dos dispositivos de liberação da 2ª Geração de Aedes do Bem™, a primeira fase do projeto com a liberação de adultos desta solução inovadora e segura em Indaiatuba, resultou em até 96% de supressão de mosquitos selvagens Aedes aegypti em comunidades tratadas em comparação com áreas não tratadas. Sendo assim, as partes assinaram um novo acordo de colaboração para continuar com o projeto de liberação da 2ª Geração de mosquitos Aedes do Bem™, que ajudará no combate ao mosquito transmissor de doenças como Zika, Dengue, Febre Amarela e Chikungunya.
No projeto-piloto realizado foram liberados mosquitos machos adultos da linhagem OX5034 da Oxitec em quatro bairros, atingindo até 96% de supressão das populações-alvo do mosquito Aedes aegypti. A Oxitec do Brasil e a Prefeitura estão iniciando a segunda fase desse projeto para demonstrar a efetividade e avaliar novos métodos de liberação do mesmo Aedes do Bem™.
Desta vez a liberação dos mosquitos machos, que não picam, será feita através da instalação de pequenas caixas de papelão contendo ovos e água que serão instaladas nos bairros. Desta caixa, nascerão apenas os mosquitos machos Aedes do Bem ™. A instalação começará em meados de outubro. Para que o teste funcione de acordo com o planejado é importante que os moradores não mexam nas caixas assim o mosquito poderá emergir e ajudar no combate.
Antes de iniciar a segunda fase, a equipe fará o monitoramento da abundância da população de Aedes aegypti em 12 bairros da cidade, que possivelmente hospedarão as liberações dos mosquitos da Oxitec. São os bairros: Jd. Pau Preto, Portal do Sol, Núcleo Habitacional Lúcio Artoni, Dist. Indl. Recreio Campestre Joia, Vila Romana, Cidade Nova, Jd. Carlos Aldrovandi, Solar de Itamaracá, Jd. Bela Vista, Jd. Europa, Pq. Residencial Indaiá e Jardim Jequitibá.
O objetivo é implementar um sistema de vigilância para avaliar a infestação dos mosquitos selvagens e o desempenho das liberações do Aedes do Bem™. O monitoramento será realizado semanalmente, e para isso será utilizado um recipiente cheio de água conhecido como ovitrampa, que atraem mosquitos fêmeas para realizarem a oviposição; esses ovos serão levados ao laboratório para contagem, e depois usados para avaliar a população de mosquitos.
A secretária de Saúde, Graziela Garcia, destaca que os moradores devem continuar fazendo sua parte para evitar a proliferação do mosquito. “Após o sucesso do primeiro piloto com o Aedes do Bem™ da Oxitec, estamos ansiosos para explorar os benefícios que a tecnologia poderá oferecer à nossa cidade e a outras comunidades afetadas. O trabalho de monitoramento e os estudos com a caixa de liberação de mosquitos serão conduzidos pela empresa em áreas específicas nos bairros mencionados. Desta forma, é importante lembrar que os agentes de controle da dengue continuarão desenvolvendo as atividades para evitar a multiplicação do Aedes, especialmente no período mais quente e chuvoso, que é quando ele se reproduz”, diz Graziela.
“Estamos entusiasmados com a continuidade de nossa parceria com a equipe da Prefeitura e, juntos, mostraremos o que essa solução segura para controle vetorial vai oferecer às comunidades afetadas pelo mosquito no Brasil e no mundo”, afirma Natalia Verza Ferreira, Diretora Geral da Oxitec do Brasil.
A 2ª geração de Aedes do Bem™ da Oxitec, contempla a liberação de mosquitos machos seguros e que não picam. Estes irão procurar por fêmeas selvagens em áreas de difícil acesso aos métodos de controle convencionais. Após o acasalamento, os descendentes fêmeas morrem, enquanto a prole macho sobrevive e continua a acasalar e reduzir ainda mais a população de mosquitos. A cada geração sucessiva, o número de machos da Oxitec diminui até que desapareçam do meio ambiente. Após o término das liberações, a Oxitec continuará monitorando o Aedes do Bem™ até que não seja encontrada mais nenhuma evidência no ambiente.
Como a tecnologia de 2ª geração da Oxitec produz apenas o macho Aedes do Bem™, ela permite a implantação de diferentes métodos de liberação, incluindo os dispositivos que serão testados em Indaiatuba. Essa estratégia, antecipa a equipe da Oxitec, oferecerá uma solução Aedes do Bem™ mais econômica e flexível para o controle de mosquitos nas comunidades brasileiras.

“Embora a Oxitec esteja financiando integralmente este projeto, essa é uma verdadeira parceria. Essa colaboração é um excelente modelo de liderança inovadora necessária para avaliar novas ferramentas para combater o mosquito transmissor da dengue. Não podíamos pedir colaboradores mais engajados em um momento tão importante ”, afirmou Garcia.
Este projeto-piloto foi revisado e aprovado pela CTNBio – a autoridade brasileira reguladora de Biossegurança – que concluiu que o Aedes do Bem™ é seguro e não representa riscos para humanos, animais ou o meio ambiente. A aplicação desta tecnologia não impede o uso de ferramentas convencionais de controle vetorial já implantadas pela prefeitura, que continuará sua campanha para eliminar os pontos de água parada onde o Aedes aegypti se reproduz. O objetivo é que o novo mosquito Aedes do Bem™ seja avaliado como uma estratégia adicional no combate ao mosquito transmissor de dengue, Zika, febre amarela e Chikungunya.

Sobre a Oxitec
A Oxitec é pioneira no uso de engenharia genética para controle de vetores e pragas que disseminam doenças e destroem culturas. Foi fundada em 2002 como uma “spinout” da Universidade de Oxford (Inglaterra). A Oxitec é uma subsidiária da Intrexon Corporation (NYSE: XON), empresa que utiliza biologia para ajudar a resolver alguns dos maiores problemas mundiais. Siga-nos no Twitter em @Oxitec, no Facebook e no LinkedIn.