Doenças respiratórias, crises de rinite aumentam no outono

Com o clima mais seco, a mucosa nasal fica mais desidratada

As mudanças bruscas de temperatura e a baixa umidade do ar são as principais características do outono, estação que chegou na terça-feira (21). Além disso, é comum que, nesta época do ano, muitas pessoas se aglomerem em ambientes fechados e pouco arejados, o que contribui para doenças respiratórias como a rinite.
“Com o clima mais seco do outono, a mucosa nasal fica mais desidratada, com maior tendência a irritações”, explica Maria Leticia Chavarria, especialista em alergia e imunologia clínica e palestrante do Congresso Brasileiro de Pneumologia e Tisiologia 2018.
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal. De 20% a 30% da população brasileira têm a doença do tipo alérgica, segundo estimativas publicadas pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
“Ela é geralmente causada por alérgenos inalatórios como ácaros da poeira doméstica, mofo, pólen e pelos de animais domésticos. E também por agentes irritantes, como a fumaça de cigarro, poluição ambiental e odores fortes, tipo de perfumes, produtos de limpeza”, afirma a otorrinolaringologista Maura Neves, da Clínica MedPrimus.
Os principais sintomas são coriza, congestão com entupimento nasal, coceira, espirros, ardor ou irritação nasal. Durante as crises, uma das opções é utilizar um umidificador de ar para ajudar a hidratar as vias aéreas.
“O ideal é manter o aparelho ligado em uma intensidade baixa, por períodos curtos, e uma porta ou janela aberta para escape” – orienta Maura.