Dermatologia – Os sinais de alerta da sua pele

Saiba identificar os aspectos anormais das pintas na pele

texto: Evelin Azevedo/infoglobo | foto: Divulgação

Às vezes por motivo de vergonha, às vezes de orgulho, as pintas dividem opiniões. Ostentadas por personalidades como Angélica e Sabrina Sato, marcas na pele podem ser normais, mas é preciso ficar atento às formas como elas aparecem.
Uma pinta nova não significa um problema. Nascemos com algumas delas, e outras vão surgindo com o passar do tempo. Na velhice, elas podem até sumir. O que demanda atenção é o que especialistas chamam de ‘ABCD das pintas’ (veja abaixo). Ao identificar esses padrões, é preciso procurar um dermatologista para investigar as causas.
Com a maior exposição ao sol, devido ao período de verão e férias, é preciso tomar mais cuidado.
“Nos períodos de sol, devemos prestar mais atenção, pois as pintas podem se modificar e se transformar em melanoma, um tipo de câncer de pele perigoso” – diz a dermatologista Michele Haikal.
É nesse período também que surgem as sardas: pequenas manchinhas na pele.
“A tendência é que elas apareçam em peles muito claras e que se agravem com a exposição solar, por causa do excesso de radiação UV” – explica o dermatologista Murilo Drummond.
Segundo os especialistas, é preciso evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, além de usar protetor solar todos os dias, até mesmo nos nublados e chuvosos.
Ter um acompanhamento dermatológico é fundamental para diagnosticar precocemente um problema de pele causado por pintas ou sardas irregulares.
“Podemos fazer um mapeamento com dermatoscópio. A partir daí, conseguimos retirar as pintas perigosas, sem necessidade de cortar aquelas que não apresentam perigo” – explica Drummond.

Depoimento
ELFIO DE CARVALHO, Engenheiro, 80 anos

Há 35 anos participo de uma atividade de vôlei na Praia de Ipanema. Sou de uma época em que não se passava protetor solar. Tenho uma pele muito clara e desgastada. Por conta disso, procuro fazer um acompanhamento mais de perto com o dermatologista. Foi o que possibilitou que eu diagnosticasse, um tempo atrás, um sinal mais escurecido. Após alguns exames, descobrimos que era um melanoma. Ele foi retirado totalmente e agora estou em contato com um oncologista. Continuo fazendo o mapeamento das outras pintas.