Modelo terá o 1.0 turbo mais ‘bravo’ do país

Veículo chegará às concessionárias no fim do mês

Para não gerar mais disputa interna com o Ka,  o Fiesta vai perder as versões 1.5, de 111cv, começando a gama a partir da SE 1.6 foto:divulgação
Para não gerar mais disputa interna com o Ka, o Fiesta vai perder as versões 1.5, de 111cv, começando a gama a partir da SE 1.6
foto:divulgação

A Ford está pronta para lançar o Fiesta 1.0 Ecoboost, com motor turbo de três cilindros. O modelo, que deve chegar no fim deste mês, é o terceiro nacional a oferecer a tecnologia, depois de Volkswagen Up! TSI e Hyundai HB20 Turbo.
Porém, compensa o atraso trazendo a maior potência dos trio: são 125 cv, contra 105 cv de Up! e HB20. Além disso, o torque do Ford também é superior: enquanto o VW tem 16,8 mkgf e o Hyundai, 15 mkgf, o Fiesta vem com 17,3 mkgf.
Com esses números, o Fiesta 1.0 Ecoboost (que deverá ser vendido apenas com câmbio automatizado de dupla embreagem, Powershift) deverá apresentar desempenho melhor que o do modelo com motor 1.6 Sigma (128 cv), aliado a consumo de um motor 1.0.
De acordo com a montadora, com ele o Fiesta será capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos, cerca de 20% mais rápido que o 1.6 com o mesmo câmbio (12,1 s).
Há, porém, duas desvantagens em relação aos motores VW e Hyundai Como o propulsor virá da Romênia, ele não será flexível. E o bloco do motor é de ferro. Nos outros dois, ele é de alumínio, o que garante peso mais baixo.
Versátil, o motor 1.0 Ecoboost equipa, na Europa, até o sedã médio-grande Mondeo e o furgão Transit.

TECNOLOGIA
Além do turbo, o 1.0 Ecoboost tem comando duplo variável e injeção direta de combustível. Nisso, ele se equivale ao propulsor EA211 do Up!, e ambos se distanciam do motor 1.0 Kappa Turbo do HB20, que é dotado de injeção
indireta.
Graças à pequena turbina, que gera baixa inércia, as respostas são rápidas, eliminado o ‘turbo lag’, aquela falta de força em baixos giros, verificada em motores de concepção antiga. A Ford informa que 90% do torque está disponível a apenas 1.500 rpm.
A curva de torque é plana, o que significa que há muita força em qualquer faixa de giro.
A turbina pode alcançar rotações de até 248 mil rpm. É mais do que a velocidade divulgada para o rotor da Hyundai (230 mil rpm) e da Volkswagen (210 mil). A pressão de injeção, no entanto, é inferior à do Up!: são cerca de 150 bar no Ford e 250 bar no Volkswagen.
Para melhorar os níveis de consumo, o Ecoboost tem bomba de óleo variável e duas válvulas termostáticas. Funcionando apenas quando necessário, a bomba melhora em 0,5% o gasto de combustível, segundo a montadora.
Com o mesmo objetivo, as duas válvulas termostáticas permitem que o motor chegue mais rapidamente à temperatura ideal de funcionamento. Com isso, polui (e gasta) menos.
Pela mesma razão, o catalisador fica bem próximo da saída do coletor de escape (que, por sua vez, é integrado ao motor).
Para aumentar a durabilidade e reduzir o nível de ruídos, o motor Ecoboost utiliza correia de distribuição banhada a óleo. Com isso, a Ford garante que a durabilidade da peça é de 240 mil km, a mesma do motor.