RMC gera quase 7 mil postos de trabalho em maio

Os municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) registraram em maio saldo de 6,4 mil vagas de trabalho formal, segundo levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo governo federal nesta terça-feira (28). Apesar dos números positivos, há quem veja o cenário com preocupação, já que apesar da criação de empregos, a queda na remuneração e o aumento da inflação afetam o poder de compra da população.

De acordo com análise do Observatório PUC-Campinas, 75% dos novos empregados no mês são trabalhadores com ensino médio o que, no geral, representa contratações em faixas salariais menores.

Os setores que mais contrataram em maio foram os de serviços e comércio e, tirando as vagas relacionadas com tecnologia da informação, muto forte em Campinas e que demandam profissionais especializados e com salários maiores, os demais cargos são preenchidos por pessoas mais jovens e que acabaram recebendo menos que os desligados.

Menor
Ao analisar dados nacionais, que mostram redução no salário médio das novas contratações em 10,5% nos últimos dois anos (janeiro de 2020 a maio de 2022), a economista Eliane Navarro Rosandiski, da PUC-Campinas, estima que o mesmo cenário ocorra na RMC. Isso aliado a inflação de 20,54% aferida no mesmo período pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pressionam cada vez mais o orçamento das famílias, afetando o consumo e a economia em geral.

INDAIATUBA
Dos 20 municípios que formam a RMC, todos apresentaram números positivos no mês, sendo Americana (769), Sumaré (551) e Santa Bárbara d’Oeste (501) as cidades que mais abriram postos de trabalho. A cidade de Indaiatuba teve um saldo de 404 vagas em maio. A indústria, com 134 empregos, foi a responsável pelo maior número de vagas.

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