ELEIÇÕES 2018: Bolsonaro e Haddad disputam 2º turno

Indaiatuba é uma das cidades com maioria de votos para Bolsonaro na região sudeste

Jair Bolsonaro e Fernando Haddad vão para o segundo turno na disputa para presidência do Brasil, ambos estão pela primeira vez concorrendo ao cargo. O candidato do PSL obteve 46,03%, o que chegou a 49.275.358 dos votos enquanto o petista obteve 29,28% sendo votado por quase 31.341.839 de pessoas.
Metade dos votos de Bolsonaro teve origem no Sudeste, foram 17 Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e na maior parte da região Norte. No caso de Haddad, metade de sua votação foi no Nordeste ele liderou em 8 dos 9 Estados do Nordeste e no Pará, no Norte. O único Estado do país que ficou fora dessa polarização foi o Ceará, onde Ciro Gomes ficou em primeiro lugar. Ele ocupou o terceiro lugar na apuração total com 12,47% sendo votado por 13.344.074 pessoas. Geraldo Alckimin ficou com 4,76% sendo votado por 5.096.277 pessoas, João Amoedo teve 2,50% com 2.679.596 de votos, Cabo Daciolo finalizou com 1,26% e foi votado por 1.348.317 pessoas, Henrique Meirelles acabou com 1,20% dos votos foram 1.228.941 pessoas a seu favor, Marina Silva ficou com apenas 1% nessa eleição 1.069.538 votaram nela. Guilherme Boulos obteve 0,58%, Vera 0,05, Eymael 0,04% e João Goulart Filho 0,03%.

Em Indaiatuba Jair Bolsonaro também liderou com 62% foram 74.782 votos. Haddad obteve na cidade 10% com a soma de 12.993 votos, Ciro Gomes ficou bem próximo do Petista com 9%, foram 11.842 pessoas votando nele.  Os 20% de votos válidos restantes foram distribuídos entre os outros candidatos. 4.041 pessoas votaram em branco e 7.335 pessoas votaram nulo em Indaiatuba.

O segundo turno acontece no dia 28 de outubro. Os dois fizeram pronunciamentos quase que simultaneamente, por volta das 21h30 do domingo. Cada um com um método de transmissão, Haddad fez um discurso televisionado, Bolsonaro preferiu apostar nas redes sociais e transmitiu seu pronunciamento em sua página do Facebook, ele defendeu máximas de sua campanha, como a segurança pública e o Estado mínimo, agradeceu aos eleitores e não deixou de questionar os resultados. “Se tivéssemos confiança no voto eletrônico, já teríamos o nome do futuro Presidente da República decidido no dia de hoje”, declarou, acrescentando que vai exigir soluções junto ao Tribunal Superior Eleitoral, mesmo sem detalhar problemas que teriam acontecido. Ele também fez críticas, sem citar nomes em específico, à possibilidade de Haddad se afastar de Lula no segundo turno. “Você vê nosso opositor dizendo que não vai mais visitar ninguém em Curitiba”, afirmou. “Também quer fazer uma cartinha ao povo brasileiro”, disse, em referência à Carta do Povo Brasileiro, documento assinado por Lula durante a campanha de 2002 e que o ajudou a vencer o pleito na época.
“Não podemos continuar flertando com o comunismo e o socialismo”, afirmou ainda o capitão reformado, dizendo que seus rivais “quebraram grandes empresas brasileiras e arrebentaram com os fundos de pensões”. O capitão também fez bravatas: “Vamos botar um ponto final em todos os ativismos do Brasil”. No final da sessão, Bolsonaro ainda conclamou seus eleitores a permanecerem mobilizados. “Estou aqui porque acredito em vocês e vocês acreditam no Brasil. O objetivo do Executivo e do Parlamento é produzir felicidade. Até a vitória, se Deus quiser.”
Haddad iniciou seu pronunciamento agradecendo aos eleitores que o levaram ao segundo turno. “A oportunidade é inestimável e precisamos aproveitar com senso de responsabilidade”, disse o ex-prefeito de São Paulo. “É uma oportunidade de valor frente a frente, olho no olho. Sempre estive do lado da democracia e não vou abrir mão dos meus valores.”
Em seu discurso, Haddad utilizou várias vezes a palavra “democracia” e disse que pretende enfrentar o debate “respeitosamente” contra Bolsonaro. “Vamos para o campo com uma única arma: o argumento”, disse ainda, fazendo referência a um dos símbolos mais utilizados pelos correligionários do adversário durante a campanha. Neste domingo, 7, não foram poucos os registros em redes sociais de eleitores que declararam voto em Bolsonaro com imagens que incluíam armas de fogo.

Fonte: TSE