Prevenir a proliferação do Aedes Aegypti

De janeiro a maio é registrada a maioria dos casos

Foto Arquivo- Eliandro Figueira RIC/PMI

A Prefeitura de Indaiatuba por meio do Programa de Controle da Dengue vinculado à Secretaria de Saúde orienta a população para intensificar os cuidados e prevenir a proliferação do Aedes Aegypti no período de férias, principalmente quando a família deixa a residência para viajar. Época em que compreende os meses de janeiro a maio é registrado o maior número de casos.
Em caso de sintomas das arboviroses Dengue, Chikungunya e Zika durante a viagem ou no retorno, é necessário procurar uma Unidade de Saúde para atendimento, não tomar medicamentos sem orientação médica e informar ao Profissional da Saúde a localidade onde esteve nos últimos 14 dias.
As pessoas que têm viagem planejada devem ficar atentas para locais onde há concentração de número de casos de Dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya. A recomendação é que busquem informações com a Vigilância em Saúde do município de destino e adotem métodos de prevenção destas doenças. Entre eles, o uso de repelentes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uso de acordo com as instruções descritas no rótulo da embalagem, a eliminação de possíveis criadouros no local de hospedagem e também manter portas e janelas fechadas, usar calça e camisa de manga comprida de preferência cores claras.
Além da prevenção no deslocamento, deve-se ter cuidados com a residência durante a ausência dos moradores. “A orientação é não deixar objetos que acumulem água na casa fechada, nem expostos à chuva”, comenta o coordenador do Programa de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti. Outro alerta é direcionado aos moradores de imóveis com piscinas. Nesse caso, devem solicitar a parentes e pessoas de confiança que tratem a piscina com cloro semanalmente.
Aos moradores que ficarão em Indaiatuba durante as férias, é importante reforçar as orientações de verificar o imóvel 10 minutos por semana e fazer a eliminação dos criadouros, manter as calhas limpas, ralos limpos e/ou fechados, tampar tonéis, caixas- d’água, não descartar materiais em terrenos baldios e não manter pratos embaixo de vasos de plantas.
Dengue, Zika e Chikungunya são doenças causadas por vírus e transmitidas pelo Aedes aegypti.

Sintomas: Dengue
A infecção por dengue pode ser assintomática. Normalmente, a manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros.

Chikungunya
Os sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Podem ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter Chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre 2 e 12 dias após a picada do mosquito.

Zika
Aproximadamente 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

Zika e Microcefalia
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a Microcefalia. O Instituto Evandro Chagas, órgão do Ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascido no Ceará, com Microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos também confirmam a relação.
As investigações sobre o tema, entretanto, continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. O ‘achado’ reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da doença.