Herpes estaria relacionada a hiperacidez do sangue

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Pesquisa mostra que pacientes em fase aguda tem sangue com pH baixo

Você, provavelmente, pode ter algum tipo de herpes e nem saber: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), dois terços da população têm herpes tipo 1 (existem, ainda, outros dois tipos da doença; veja ao lado). O vírus, porém, nem sempre se manifesta. Uma pesquisa inédita e em fase de conclusão do Instituto de Pesquisa Memorial (IPeM), feita com 300 pacientes com os três tipos da doença, aponta fortes indícios de que a proliferação do vírus tem a ver com a hiperacidez do sangue.

“Acredita-se, hoje, que o herpes aparece com frequência alta porque a pessoa está com imunidade baixa, pegou sol demais ou não se alimentou bem. Nossa hipótese é que, além disso, o mais importante é que o paciente se encontra em condições ácidas, com hiperacidez no sangue” – diz o diretor do IPeM, Carlos Marcos Azeredo da Conceição.

O médico explica que alguns fatores podem aumentar as chances dessa condição, como doenças renais, diabetes ou problemas imunológicos, além da questão nutricional – e esse é o foco do estudo. A frequência do reaparecimento do herpes estaria relacionada à alimentação abundante de produtos com pH baixo (muito ácidos).

“A maioria dos pacientes na fase aguda da doença (que apresentam frequentemente o herpes) tem o sangue com pH mais baixo que aqueles que têm o vírus, sem manifestá-lo. Esses últimos também apresentam hiperacidez, mas de forma mais leve”.

Na pesquisa, os participantes são avaliados por meio de exame de sangue. Comprovada a acidez, eles são encaminhados à avaliação nutricional, para que seja traçado um perfil da alimentação. Se a teoria for comprovada, o tratamento da doença poderá mudar:

“Equilibrar o pH dos pacientes através de dieta regrada. Com isso, não haveria necessidade de medicamentos antivirais. É uma teoria” – afirma Azeredo.

Texto: Elisa Clavery/Todo extra | Foto: freepik