EUA vão testar vacina em seres humanos

O grupo farmacêutico norte-americano Inovio Pharmaceuticals informou na quarta-feira (17) que iniciará testes da vacina contra o vírus Zika em humanos antes do fim deste ano. A decisão foi anunciada após testes conclusivos em ratos.
“Os testes pré-clínicos mostraram que a vacina sintética contra o vírus Zika desencadeia respostas duradouras e imunes, demonstrando um potencial para prevenir e tratar as infecções causadas por esse patógeno”, disse a Inovio em comunicado.

TESTES
O grupo farmacêutico vai começar imediatamente os testes em macacos, e depois avançar para os seres humanos, antes do fim do ano.
Essa última etapa deverá conduzir, em seguida, a um pedido de colocação da vacina no mercado, indicou a Inovio, que pretende pedir às autoridades sanitárias uma análise acelerada do seu caso.
A vacina é sintética, ou seja, não é desenvolvida em um vírus vivo, mas em um pedaço de DNA do vírus e pode, por isso, ser conservada sem refrigeração durante várias horas.
Na Bolsa de Wall Street, as perspectivas positivas fizeram subir de US$ 6,16 para US$ 6,98 as ações Inovio nas primeiras
transações.
Além da Inovio, mais de uma dezena de grupos farmacêuticos, como o francês Sanofi Pasteur e o indiano Bharat Biotech, trabalham em uma vacina contra o Zika, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Não existe, até agora, qualquer medicação para combater o vírus, suspeito de ter uma relação direta com casos de microcefalia e de estar também ligado à síndrome neurológica de Guillain-Barré.
A OMS prevê uma propagação ‘explosiva’ do Zika no continente americano, entre três milhões e quatro milhões de casos este ano.