Educação, alunos da rede pública podem concorrer a bolsas

04 - Educação

 Selecionados poderão cursar os três anos do Ensino Médio.

Em um país marcado por desigualdades, ter acesso a uma educação de qualidade pode significar a chance de um futuro melhor. Consciente de sua responsabilidade social, a Cogna, maior organização educacional do país, tem ofertado, desde 2017, bolsas de estudo integrais a estudantes de baixa renda e alto potencial acadêmico, por meio do programa de bolsas para Ensino Médio. O projeto, que já beneficiou cerca de 400 jovens, inicia um novo ciclo de seleção neste mês. As inscrições ficam abertas até 9 de setembro.
Para participar do processo, é preciso estar no 9º ano do Ensino Fundamental em escola pública. Nesta edição, serão disponibilizadas 400 bolsas de estudo para os três anos do Ensino Médio, em uma das 128 escolas próprias da holding ou parceiras, distribuídas por 95 cidades de 20 estados. Um dos requisitos para concorrer a uma vaga é ter renda familiar per capita de até dois salários mínimos.
“O Ensino Médio é uma etapa crucial na formação pessoal e escolar do aluno. É gratificante ajudar a aumentar a chance de ingresso desses jovens no Ensino Superior. Sabemos que apoiá-los nessa jornada acadêmica é um incentivo para que consigam ir mais longe ”, destaca Camilla Veiga, diretora de impacto social da Cogna.
Quem se interessar, pode acessar o site https://www.institutosomos.org/ e preencher a ficha de inscrição e o questionário socioeconômico. O processo de seleção compreende três etapas eliminatórias:
– Prova e entrevista realizadas online;
– Entrevistas online com voluntários e psicopedagogos;
– Visita e entrevista presencial com alunos e responsáveis na escola selecionada.
Os candidatos aprovados em todas as etapas iniciarão o ano acadêmico de 2021 em uma das escolas parceiras do programa, com isenção de 100% das mensalidades e materiais didáticos. A vigência da bolsa abrange os três anos do Ensino Médio.

Programa de mentoria
Além de fornecer materiais didáticos e complementares, o programa conta, desde abril, com um programa de mentoria formado por voluntários, todos eles colaboradores de diferentes setores da Cogna. No total, são 195 mentores — um para cada bolsista —, que dão suporte na adaptação dos novos alunos à escola privada, ajudam no planejamento dos estudos e oferecem uma rede de apoio e acolhimento emocional.
“Acredito que o programa de mentoria se tornou ainda mais relevante durante o período de pandemia do novo Coronavírus. Estou muito feliz em poder participar”, diz a diretora do colégio Pitágoras de Ourilândia do Norte, Áurea de Andrade Vasconcelos.
Para o também mentor André Luis Ferreira, que trabalha como gerente de planejamento estratégico na Somos, a experiência se revelou gratificante. “É um imenso prazer fazer parte deste processo, uma oportunidade de troca de vivências”.
O mesmo sentimento de gratidão tomou o coordenador de curso da Anhanguera de Brasília, Luiz Henrique Alves dos Santos. “Foi incrível. Deu para perceber a empolgação do aluno em querer compartilhar suas atividades cotidianas, leituras e dificuldades. Assim que terminou, ele já queria saber quando seria o próximo encontro”, comenta, com indisfarçável satisfação.
“Este é um projeto rico e, estando abertos, nós aprendemos muito com essa moçada”, avalia a mentora Ursula Natacha Andrade, a coordenadora de Processos Regulatórios na Kroton.

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