Duelo de picapes

Volkswagen Amarok tem o maior motor da categoria

texto: Por Hairton Ponciano/ agência estado | fotoS: divulgação

Basta pressionar o acelerador para a Amarok mostrar suas aptidões. O motor V6 garante agilidade impressionante à picape de 2.185 quilos. De acordo com dados da Volkswagen, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em meros 8 segundos e a máxima é de 190 km/h. Não é à toa: o 3.0 é praticamente o mesmo utilizado no utilitário-esportivo Q7, da Audi (marca do Grupo VW).
Além dos 225 cv de potência, o torque de 56,1 mkgf também é o maior da categoria no país, o que favorece a agilidade. Adicionalmente, há a função overboost, ativada quando o acelerador é mais exigido (em ultrapassagens, por exemplo). Nesse caso, momentaneamente a potência chega a 245 cv (mais 20 cv) e o torque sobe para 59 mkgf (mais 3 mkgf).
E a vantagem que chama a atenção no motor continua no câmbio. A Amarok é a única da categoria no país com câmbio automático de oito marchas, duas a mais que as concorrentes. Mais que isso: nela o 4×4 é permanente, o que dispensa o seletor manual de tração.
Além disso tudo, a Volkswagen é ao mesmo tempo rápida e silenciosa. Às vezes, o V6 passa a impressão de ser movido a gasolina, de tão ‘quieto’. Para segurar tanto ímpeto, o modelo feito na Argentina vem com discos de freio também na traseira, exclusividade no segmento.
O único ponto negativo é a vibração, superior à observada nas duas concorrentes, e que afeta principalmente quem vai no banco traseiro. Pode ser que as rodas de 19 polegadas (único opcional dessa versão), presentes na unidade avaliada, potencializem esse sintoma. De série, o modelo vem com rodas de 18”, assim como nas oponentes.
Além de impor respeito em movimento, a nova versão da picape da Volkswagen se destaca pelo porte. Com linhas retas e retrovisores enormes (e destacados da carroceria), a representante da marca alemã é a mais imponente do trio. Tem 2,23 metros de largura (de espelho a espelho). Para comparação, são sete cm a mais que na Ranger.
Mesmo parada em uma subida íngreme a Amarok revela qualidades: é a única das três que consegue manter as portas abertas. Além disso, só a Volkswagen tem ajustes elétricos também no banco do passageiro da frente. E seus assentos, com bons apoios laterais, são mais confortáveis que os das rivais.

Ruído do cinco-cilindros invade a cabine sem a menor cerimônia

Ranger ‘sabe falar grosso’
A Ranger não tem meias palavras. Quando o motorista pressiona o acelerador, o motor ruge alto, em um tom grave, e a picape de 2.261 kg parte com disposição. Embora tenha um cilindro a menos que a Amarok (são cinco, em linha), o motor dessa Ford é o maior do trio (3.2). A disposição é tanta que é até difícil dosar a aceleração. São 200 cv e 47,9 mkgf.
Entre os pontos altos da picape produzida na Argentina estão a tecnologia e o conforto. A Ford é a única da categoria a oferecer controle de cruzeiro adaptativo (mantém a distância do carro da frente), alerta sobre o risco de colisão frontal e mantém o carro na faixa, corrigindo o volante.
Além de toda essa tecnologia invisível, voltada à segurança (e disponível somente na versão Limited), a Ranger é a única a vir com quadro de instrumentos digital configurável: o motorista pode decidir se quer ou não visualizar o conta-giros, por exemplo. O sistema multimídia Sync 3 é também o mais intuitivo das três.
A Ford leva a melhor ainda na quantidade de airbags (sete, de série) e no quesito conforto. Além de vibrar pouco, a Ranger é a que trata melhor quem viaja no banco de trás. Por fim, é a que tem a maior garantia de fábrica: cinco anos.