Cidade registra 5 mortes por Covid-19

Abandono de uso de máscaras, pode ser apontado como causa do aumento

A pós vários dias sem mortes, a Secretaria de Saúde de Indaiatuba confirmou nesta última segunda-feira (6) que registrou 5 (cinco) óbitos com diagnóstico positivo para covid-19 nos últimos 7 dias na cidade. Além disso, foram acrescentados durante o período 457 novos casos da doença, 843 exames negativos e mais 1.301 notificações suspeitas (hospitais, unidades de saúde e laboratórios particulares).

Óbitos
Um homem, de 59 anos, internado desde 28 de maio com a comorbidade: fibrilação atrial. Uma mulher, de 87 anos, internada desde o dia 26 de maio que sofria de diabetes. Outra mulher, também com 87 anos, internada desde o dia 25 de maio, mas sem histórico de comorbidades. Mais uma paciente feminina, de 87 anos, internada desde o dia 3 de junho que apresentava hipertensão, diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica. Por fim, um senhor, de 96 anos, internado desde o dia 1º de junho com hipertensão, Alzheimer e diabetes.

Coincidência, ou não, essas mortes foram relatadas após a realização do Maio Musical na cidade que reuniu milhares de pessoas, em vários locais, fechados e abertos, mas o uso da máscara não foi uma constante. Pelo contrário, a utilização do apetrecho praticamente foi abolida.

Os casos de covid-19 voltaram a subir no Brasil. De acordo com as informações do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), o país está atualmente com uma média móvel de 31 mil novos casos por dia. Há pouco mais de um mês, no final de abril, essa taxa estava em 12 mil.

O coronavírus também parece estar por trás da maioria das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos hospitais brasileiros: segundo o Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), a covid-19 já é motivo de 59,6% das hospitalizações por infecções nas vias aéreas registradas nas últimas semanas.

A razão
Entre os motivos que ajudam a explicar essa nova piora, destacam-se o abandono de praticamente todas as medidas preventivas, como o uso de máscaras em locais fechados, a chegada de tempos mais frios, a cobertura vacinal insuficiente e uma possível queda na imunidade após muitos meses da aplicação das doses.

Medidas
A vacina contra a covid-19 não impede a infecção pelo coronavírus, ainda mais com a circulação das novas variantes, como a ômicron e suas derivadas. Mas é consenso entre os especialistas da área que as doses do imunizante são primordiais para diminuir a gravidade do quadro.

Com a piora no número de casos, a tendência é que as máscaras voltem a ser recomendadas pelas autoridades. No final de maio, por exemplo, o Governo de São Paulo voltou a sugerir o uso desse equipamento de proteção nas escolas e em locais fechados.

O ideal, portanto, é usar a máscara se você for para um lugar em que vai ter contato próximo e prolongado com outros indivíduos em locais com pouca ventilação, como lojas, shoppings, escritórios e transporte público.

Num cenário com alta transmissão, o risco de ter contato com o coronavírus aumenta. Portanto, é importante ficar atento aos sinais típicos da covid-19. Os mais comuns são febre ou calafrios, tosse, dificuldade para respirar, fadiga, dor no corpo, dor de cabeça, perda de olfato e paladar, dor de garganta, nariz entupido, náusea, vômito e diarreia.

Para ter certeza de que o agente causador do quadro é mesmo o coronavírus, vale fazer um exame. Hoje em dia, é possível encontrar nas farmácias os testes rápidos de antígeno, que podem ser feitos em casa.

Outra opção são os laboratórios de análises clínicas, que oferecem não apenas o teste de antígeno, mas também o RT-PCR, método que traz resultados ainda mais confiáveis.

Se o teste tiver resultado negativo e mesmo assim os sintomas persistirem, vale seguir em isolamento por mais algum tempo até se sentir melhor — você pode estar com resfriado ou gripe e há o risco de transmitir esses vírus para contatos próximos.

Caso o resultado seja positivo, é importante ficar em casa e evitar o contato com outras pessoas na escola, no trabalho e em ocasiões sociais por pelo menos cinco dias ou uma semana.

Se nesse meio tempo os sintomas da covid piorarem, procure o hospital. Se melhorarem, tente repetir o teste (se possível) e confira se houve alguma mudança no resultado.

O cuidado e o distanciamento devem ser ainda maiores se você tem contato com indivíduos que possuem alto risco de desenvolver as formas graves da covid, como idosos ou pacientes com o sistema imunológico comprometido.

Esse auto-isolamento evita a criação de novas cadeias de transmissão do coronavírus na comunidade — o que, em última análise, pode representar um alívio para a situação da covid na sua região ou até no país inteiro.

Fonte:BBC Brasil & Foto: Reuters