Capital paulista cancela a festa de Réveillon

 VARIANTE ÔMICRON

06 - ReveillonSindiHosp sugere festejos da Virada do Ano apenas em família

Uso de máscaras em ambiente aberto continua obrigatório

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, informou nesta quinta-feira (2) que a tradicional festa de réveillon realizada na Avenida Paulista será cancelada. “O que pesou muito foi a questão da nova variante Ômicron”, disse. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa em Nova York.

A cidade de São Paulo decidiu também pela continuidade da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambiente aberto. Segundo o prefeito, um estudo realizado pela Vigilância Sanitária municipal analisou os efeitos da chegada da nova variante na cidade e estabeleceu que o momento atual é de cautela.

O governo do estado de São Paulo optou pela mesma decisão em relação às máscaras.

Com relação ao carnaval, o prefeito disse que haverá tempo para a melhor tomada de decisão

Sindicato dos Hospitais de SP é contra aglomerações no réveillon
O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) se posicionou hoje (2) contrário a aglomerações nas festas de virada de ano, tema que vem sendo debatido pelas prefeituras a partir do surgimento da variante Ômicron do novo coronavírus. O médico e presidente do sindicato, Francisco Balestrin, defendeu que a chegada do novo ano seja comemorado apenas em família.

Com a preocupação em razão da Ômicron, a orientação do SindHosp às unidades de saúde é para que redobrem a atenção nas consultas com pacientes suspeitos [da doença], especialmente entre os que estiveram no exterior. As informações devem ser comunicadas às autoridades sanitárias.

Desmobilização
Segundo o sindicato, o aparato nos hospitais particulares para o atendimento de pacientes com covid-19 foi desmobilizado, já que apenas 14,71% dos leitos clínicos estavam ocupados em novembro. A ocupação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) teve índice de 20,5%.

Um conjunto de 20 pesquisas feitas pelo SindHosp durante a pandemia apontou os principais problemas enfrentados no combate ao novo coronavírus, como a falta de médicos (78% dos hospitais indicaram essa questão nas pesquisas de março e abril de 2021); aumentos abusivos de preços de equipamento de proteção individual (61% das instituições fizeram a reclamação em fevereiro de 2021) e dificuldade de reposição de estoques de materiais e medicamentos (reclamada por 58% dos hospitais). Em praticamente todas as pesquisas, 81% das entidades destacaram a falta de profissionais de saúde.

Foto: Agência Brasil