Metanol: casos não param de subir em SP
No estado de São Paulo, a contaminação de bebidas com metanol desencadeou uma crise de saúde pública que já registra dezenas de casos e mortes suspeitas. As autoridades relatam 22 casos entre confirmados e suspeitos, dos quais 7 foram confirmados até o momento.
Entre as fatalidades, 5 mortes foram oficialmente confirmadas, com outras ainda em investigação. Uma das mortes confirmadas ocorreu na capital paulista — um homem de 54 anos — e as demais concentram-se em São Bernardo do Campo (dois óbitos adicionais) e outros municípios.

O governo estadual informa que 10 casos já foram confirmados para contaminação por metanol, sendo 1 óbito confirmado e 5 mortes ainda em apuração, dentro de um total de 37 casos mapeados — destes, 27 estão em investigação. Diante da gravidade, o estado interditou 6 estabelecimentos suspeitos de comercializarem bebidas adulteradas e apreendeu milhares de garrafas para perícia.
As operações também lacraram lotes sem documentação fiscal e com sinais de falsificação. O Ministério da Saúde exigiu notificação imediata de casos suspeitos e classificou o surto como “situação atípica”, dado que o número de ocorrências supera o padrão observável no histórico do estado.
O cenário ainda é alarmante: a ingestão de metanol pode causar cegueira, falência múltipla de órgãos e morte. A rapidez no diagnóstico e tratamento é essencial — autoridades alertam que casos com dor abdominal intensa, visão turva, confusão mental ou vômitos após o consumo de bebida alcoólica devem motivar busca urgente por atendimento médico.