Petrobras eleva o preço novamente da gasolina

Em 30 dias, combustível teve aumento de R$ 0,33

A Petrobras elevou em R$ 0,02 o litro da gasolina nas refinarias, na manhã de ontem (13), para as distribuidoras. O novo valor, de R$ 2,2514, começou a vigorar desde a meia-noite de hoje, dia 14. O diesel, por sua vez, não teve aumento, ficando em R$ 2,2964 o litro, mesmo valor praticado desde o dia 31 de agosto.
Nos últimos dez dias, o preço do litro da gasolina nas refinarias já subiu R$ 0,08. Em 30 dias, subiu R$ 0,33, quando o litro era vendido a R$ 1,9173. O valor é menor do que o praticado nos postos que têm liberdade para estipular o preço e incluem custos com mão de obra, operacionais e impostos.
Segundo a Petrobras, a Política de Preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras, tem como base o preço de paridade de importação formado pelas cotações internacionais desses produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias.
“A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos. Além disso, o preço considera uma margem que cobre os riscos (como volatilidade do câmbio e dos preços)”, explicou a Estatal em nota.
De acordo com a Petrobras, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combustíveis. “São os combustíveis tipo A, ou seja, gasolina antes da sua combinação com o etanol, e diesel também sem adição de biodiesel. Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis.”
A maior parte do preço final da gasolina é decorrente dos seguintes componentes: 35% fica com a Petrobras; 15% é Cide, PIS/Pasep e Cofins; 29% é ICMS; 11% é o custo da mistura de álcool anidro e 10% são relativos à margem de lucro das distribuidoras e postos.
Na semana passada, a Petrobras aprovou o uso de um mecanismo financeiro adicional à sua Política de Preços, que lhe dá a opção de aumentar os períodos de estabilidade no preço da gasolina por prazos curtos.
A Petrobras escolherá os momentos em que aplicará o instrumento, considerando a análise de conjuntura, em cenários de elevada volatilidade do mercado. O preço da gasolina continuará sujeito a mudanças até diárias, uma vez que esse mecanismo será utilizado opcionalmente, quando, então, os preços ficarão estáveis durante o período de sua execução.

texto: Vladimir Platonow – Agência Brasil | Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil