A TV Exemplo® entrevista o secretário Renato Stochi

Live - Secretario Renato 2

Secretário de desenvolvimento da cidade foi o convidado da Live no Facebook do Jornal Exemplo® 

Ontem (4), aconteceu a sexta Live do Jornal Exemplo®. Como convidado, o Secretário de Desenvolvimento Renato Stochi participou do Bate-papo com Aluísio William, Presidente do Grupo AWR®. O secretário respondeu perguntas dos espectadores da transmissão ao vivo na página do Jornal Exemplo® no Facebook. Comentou sobre sua carreira e as influências da pandemia nos empregos e nas indústrias de Indaiatuba.
1ª – Quais estão sendo os desafios da sua Secretaria neste momento de pandemia?
R: Hoje estamos enfrentando uma série de problemas, nós do Poder Público temos trabalhado muito com orientação, capacitação, lives, fizemos mais de seis transmissões ao vivo, com empresários, consultores econômicos para que levassem a população a uma serenidade e ter o equilíbrio do seu negócio. Fizemos isso para acalmar essa situação, mesmo dentro dessa circunstância, têm empresas e comércios que são muito lucrativos hoje, por exemplo, alimentação, agricultura, aqui em Indaiatuba temos a John Deere, muito lucrativa e não parou, reduziu o quadro de funcionários, preserva os utensílios sanitários. Em compensação, a Toyota, por exemplo, está enfrentando um problema mais sério, porque o produto dela, em meio a uma quarentena, ninguém compra. Padarias, farmácias e outras indústrias estão indo bem, é a Lei da Oferta e da Procura.
2ª – Devido à pandemia, na fase que estamos, qual a perda de produtividade das empresas?
R: Tivemos perdas, vou dar um parâmetro do que Indaiatuba tem hoje, na parte econômica, temos 880 indústrias na cidade, 5 mil estabelecimentos comerciais e 13.100 estabelecimentos de serviços. De março para cá, tivemos uma perda na indústria de 1%, temos como encerradas, nos registros da Prefeitura, quatro empresas. Dos estabelecimentos de serviços, perdemos 3%, aproximadamente 300 e no comércio também um decréscimo de 3%, uma média de 150, 160 estabelecimentos. Isso já significa menor arrecadação para o município e menor giro dos produtos no mercado.
3ª – Como está a relação entre os patrões e os empregados da indústria?
R: No aspecto econômico puro, temos a MP-936 que o Governo Federal publicou, aonde você pode fazer acordo com o seu funcionário de redução de salários, jornada até 75%. As pessoas hoje ainda estão sensíveis e abaladas com a quarentena, não estão na sua lógica racional, crianças e adolescentes estão estressados. Nós pediríamos que essa relação fosse bem conduzida, não só na parte econômica, mas na parte pessoal, as duas partes têm que entender que os paradigmas se quebraram, o Mundo não vai ser mais o mesmo igual 90 dias atrás, não tem como. Trabalhando em Home Office você trabalha mais, é mais rentável e com menos despesas. Peço que o patrão preste bem atenção nos seus funcionários agora que estamos voltando ao normal, porque às vezes parece simples despedir um empregado, mas não é. Você pode contratar uma outra pessoa mas não sabe quem vem, vai gastar muito mais treinamento com ela do que a outra. Então, esse relacionamento que hoje está um pouco melindrado, seria importante prestar atenção. E o funcionário, se modernizar um pouco mais, entender mais as mídias para ajudar o contexto patrão e empregado.
4ª – Quais os benefícios a Prefeitura concedeu para os empresários da nossa cidade?
R: O Prefeito Nilson Gaspar prorrogou junho, julho e agosto, se você tem IPTU não vai pagá-lo, só vai pagar em dezembro. Também suspendeu os Alvarás entre maio, junho e julho, pagando em dezembro. Estendeu o ISS para o Simples Nacional e para as pessoas que recolhem o ISS como autônomo. Suspendeu as taxas para transportadores de vans. A Prefeitura tem feito sua parte. O Governo Federal abriu uma Linha de Crédito, um Plano Nacional de apoio à micro e pequenas empresas, que têm o benefício de até 30% de financiamento sobre o seu resultado final de 2019.
5ª – Como o empresário, comerciante, prestador de serviço, funcionário da indústria, falam com você?
R: Estamos localizados na Prefeitura Municipal, o telefone de contato é (19) 3834-9278, meu e-mail é renato.stochi@indaiatuba.sp.gov.br, fique à vontade, estamos trabalhando normalmente, todos os dias à disposição de vocês.

Live - Secretario Renato
6ª – A Revolução Industrial 4.0 estava bastante acelerada antes da pandemia, como deverá ser o comportamento pós-pandemia?
R: Como a pandemia é inédita, estamos preconizando que o comportamento industrial vai ter uma mudança, não vai mais se trabalhar como se trabalhava antes, indústrias, multinacionais, micro e pequenas empresas vão mudar o seu comportamento. Acredito que um dos principais comportamentos que vai mudar muito, é o trabalho mais organizado, muitas pessoas estão enfrentando problemas com capital de giro, fundos etc, talvez porque não poupou um pouco para que nessa época se pudesse utilizar. Então, a dor vai ajudar-nos para que caminhemos de uma maneira mais moderna, diferente, com Home Office, despesas menores, produzindo até mais devido à pandemia.
7ª – Com a queda de performance das indústrias durante a pandemia, como os proprietários industriais estão reagindo nesse período?
R: Temos várias reações, alguns empresários pessimistas, outros otimistas. Como disse antes, estamos vivendo uma época inédita, pegou todos desprevenidos, uma época que nunca imaginamos que fosse acontecer. Estávamos em um momento muito bom de crescimento industrial, de janeiro a abril, implantamos 28 empresas aqui em Indaiatuba, a cidade vem desde 2013 até agora tendo uma rotina de implantação de 30 a 40 empresas todos os anos. O Governo tem feito boas parcerias. Os empresários estão um pouco perdidos, cada um na sua situação particular, alguns têm mais capital de giro e como continuar, outros com menos capital de giro, mas todos eles estão com a sensação de que aquilo vai gerar negócio. Então, o Setor Industrial hoje, está um pouco ainda dessintonizado e vai buscar o que produzia e se vai fazer frente a essa situação nova.
8ª – Nesse tempo de pandemia, quantas pessoas ficaram desempregadas em Indaiatuba?
R: Não temos esse número, no ano de 2019, tivemos dados oficiais do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), Indaiatuba teve 2.59% positivo de admissões contra demissões. Em empregos formais, Indaiatuba tem uma média de 70 mil pessoas, varia entre 75 e 72 mil, desses 75 mil, a cidade teve 2,59 nos últimos 12 meses de empregados. Depois da pandemia, não temos mais esse número, pode ser que tenhamos muitos desempregados que não sabemos.
9ª – Indaiatuba é uma cidade onde melhor se trabalha com os benefícios, quais são esses benefícios? Seria interessante buscar as empresas que estavam para vir antes da pandemia ?
R: Indaiatuba fez uma pesquisa em 2015 na FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo, tínhamos a intenção de mudar o estilo de empregabilidade aqui, hoje somos uma cidade industrial, comercial e de prestação de serviços muito boa. Depois de 2013, inúmeras empresas vieram para cá com esse viés. Se parar para notar, não temos nenhuma empresa de nome, com exceção da Lenovo. Vamos atrás das empresas, a ‘gente vende a cidade’, fazemos eventos com Câmaras Internacionais de Comércio mostrando o que a cidade tem. Indaiatuba tem uma infraestrutura espetacular, sem problemas com água, elétrico, é muito bem urbanizada, tem uma Segurança espetacular, uma Saúde boa, a Educação é de primeira qualidade, toda a infraestrutura até o urbanismo da cidade muito bem conservado, não temos favelas, tudo isso atrai as empresas a para virem para cá.

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