HALTEROFILISMO, Atleta de Indaiatuba é bronze em Mundial

Paratleta acumula duas notáveis performances consecutivas

Foto Divulgação/RIC-PMI

O paratleta Evânio Rodrigues da equipe de Supino da Secretaria de Esportes de Indaiatuba conquistou a inédita medalha de bronze no Campeonato Mundial de Halterofilismo Paralímpico, realizado de 2 a 8 de dezembro, na Cidade do México. Ele levantou 208 quilos na categoria até 88 quilos e, é o primeiro atleta do masculino do Brasil a chegar a um pódio em competições deste porte. O ouro ficou com o Jixiong Ye, com 226 quilos. A prata, com o iraniano Seyedhamed Solhipouravandji (210 quilos).
A história do halterofilismo brasileiro conta, agora, com dois medalhistas em Mundiais. A primazia fora da paranaense Márcia Menezes, em Dubai 2014, com o bronze na categoria até 79 quilos.
Evânio, acumula agora duas notáveis performances no cenário internacional em duas temporadas consecutivas. Nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, ele ganhou a prata nesta mesma categoria.
Curiosamente, os dois atletas que desbancaram Evânio na Cidade do México, sequer conseguiram ter movimentos válidos nos Jogos do Rio, e terminaram nas últimas posições.
Agora, no México, Evânio não precisou levantar os mesmos 210 quilos que o consagrou no Rio 2016, para chegar ao pódio. Foram necessários 208 quilos na barra para garantir a medalha. E ela veio apenas na segunda tentativa.
Para se despedir do Mundial, ousou: arriscou 212 quilos, peso que jamais conseguiu êxito em competições internacionais – sua melhor marca é exatamente 210 kg, os mesmos feitos no Rio 2016. Se fosse bem-sucedido, ficaria com a prata. Mas a arbitragem foi muito rígida e invalidou a terceira apresentação do brasileiro.
Pouco importava, Evânio já saiu do banco do supino vibrando com o pódio inédito. “Estou muito feliz, foram muitas dificuldades, eu cheguei aqui no México dizendo que entraria na briga para concorrer a esta medalha e consegui. Nunca parei de treinar desde os Jogos Paralímpicos do Rio”, afirmou. “Mas de um mês para cá eu passei a sentir muitas dores, principalmente no peito, o que me preocupou, porque pensei que poderia influenciar no meu resultado no Mundial, mas com muita fisioterapia, eu consegui”, contou Evânio.