Conheça os sinais de alerta da esclerose múltipla

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Todo mundo já ouviu frases como “ele está esclerosado”, que conferem um sentido pejorativo ao termo e só contribuem para estigmatizar o paciente. Para, em vez disso, levar conhecimento sobre a doença à população, há exatos 11 anos foi criado o Dia Nacional da Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, que alerta para os sintomas comuns a outras enfermidades.
“Todo mundo acha que é uma doença de velho caduco, muitas vezes até confundida com o Alzheimer. Mas ela ocorre porque o sistema de defesa do corpo agride diretamente o cérebro e a medula, inflamando a membrana que envolve os nervos” – explica o neurologista Marcos Alvarenga.
Como os sintomas (veja no quadro abaixo) são comuns a outros tipos de doença, o neurologista do Centro de Referência para o Tratamento da Esclerose Múltipla do Hospital da Lagoa reforça a necessidade de que os outros profissionais da medicina fiquem atentos ao atenderem a pacientes que apresentem alguns sinais.
“Os sintomas têm que durar pelo menos um dia inteiro. Por exemplo, quem está com a visão turva vai procurar um oftalmologista. Este médico tem que saber reconhecer os sintomas da esclerose múltipla para fazer o diagnóstico correto e encaminhar o paciente para um neurologista o quanto antes.

causa ainda
não esclarecida

A medicina não conseguiu determinar as causas do mal, mas estudos apontam duas linhas: a predisposição genética e fatores do ambiente.
“Não temos todas as informações, mas dentro dos fatores ambientais identificamos duas possibilidades. A primeira é que a doença se desenvolva por falta de exposição ao sol. A luz solar metaboliza a vitamina D, que, quando em baixos níveis, pode alterar o sistema imunológico” – explica o neurologista. E continua: “a outra envolve infecções na infância. O vírus pode ter feito o sistema de defesa agir de maneira errada, combatendo estruturas do sistema nervoso central”.

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Pessoas diagnosticadas com esclerose múltipla terão nova opção de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), o medicamento teriflunomida, adquirido pelo Ministério da Saúde. A novidade vai atender a pelo menos 12 mil pacientes, que já são atendidos pela Rede Pública. A previsão é de que o remédio esteja disponível em até cinco meses, de acordo com o órgão. A nova medicação, segundo pesquisas, reduz os riscos ao paciente, além de diminuir os surtos e a progressão da doença. Ela também é considerada inédita na primeira linha de cuidado, por via oral.