Flores, adrenalina e outras surpresas

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Mudar os caminhos e as formas de segui-lo pode reservar surpresas agradáveis. É isso que descobre quem embarca no Expresso Turístico da CPTM em direção a Mogi das Cruzes, cidade a 60 km de São Paulo e passagem para quem segue ao litoral pela Rodovia Mogi-Bertioga.
Conhecida por suas orquídeas e produção de caqui, a cidade tem atrativos para um dia inteiro de passeio, tanto na área rural quanto na urbana.
Seu passado bandeirante e a forte presença de imigrantes japoneses e árabes marcam a identidade da cidade. Não à toa, o evento mais aguardado de Mogi é de origem japonesa: o Akimatsuri, que celebra a colheita do caqui em abril.
Chegando lá, com receptivo, táxi ou Uber, dá para mesclar passeios ou investir em uma das propostas que indicamos a seguir. Para saber mais sobre Mogi, vá em visitemogi.com.
TURISMO DE AVENTURA
É por uma subida íngreme de terra, com resquícios de asfalto em algumas partes, que se chega a um dos lugares mais interessantes de Mogi das Cruzes: o Pico do Urubu, na Serra do Itapety. A 1.160 metros do nível do mar, o cume reserva a melhor vista da região, seja de manhã, quando o céu está sempre colorido pelas asas dos parapentes e asas-deltas que partem dali diariamente, ou no fim da tarde, quando a luz do sol cede lugar à luz elétrica e as casas viram pontos iluminados. Um carro comum consegue subir – com cuidado, paciência e em um dia sem chuva, vale dizer – os cinco quilômetros até o pico pela Estrada da Cruz do Século. Há quem opte por encarar a caminhada ou as pedaladas até o local, atraente também a praticantes do mountain bike – tem até uma pista de downhill por lá. Para voar de parapente ali, é preciso ter o certificado da Confederação Brasileira de Voo Livre (CBVL) ou contratar um instrutor. Em Mogi, o voo mais procurado é o que pousa na praia.
TURISMO RURAL
Amantes da jardinagem podem ir à loja do Orquidário Orienta, que reúne variedades de orquídeas de R$ 30 a R$ 300, em média, além de outras espécies de plantas e produtos de jardim. Nos fins de semana de março, o espaço realizará seu 1º Festival de Orquídeas, com entrada gratuita. Aberto de terça a domingo, fica a 33 km do centro da cidade. Também na área rural estão sítios e fazendas como a Fruticultura Hoçoya, há 50 anos na cidade e aberta a passeios para grupos de no mínimo 20 pessoas, com agendamento. Durante o tour, além de conhecer a produção, dá para degustar frutas da época, como pitaia, lichia e, claro, caqui.
TURISMO GASTRONÔMICO
Imigração e receitas se encontram em duas paradas de Mogi. Um dos mais reconhecidos restaurantes da região, o Senzala funciona em um casarão de 250 anos, antigo entreposto comercial de escravos Aberto a visitas gratuitas de terça a domingo, serve almoço aos domingos e feriados (R$ 35 por pessoa, self service; bit ly/senzalamogi).
No centro, o Mercado Municipal é para quem quer produtos frescos e acessíveis. Ali, não deixe de comer o pastel da Irene, a japonesa (e a barraca) mais famosa de Mogi.
TURISMO URBANO
A fileira de cerejeiras faz jus ao parque dedicado a tantas famílias de japoneses que povoaram Mogi das Cruzes entre as décadas de 1920 e 1940. Inaugurado em 2008, o Parque Centenário da Imigração Japonesa é um dos lugares favoritos dos mogianos para passear e relaxar. Localizado dentro da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, são 21,5 hectares por onde se espalham seus quatro lagos com pontes de estilo oriental e desfilam pranchas de stand up paddle.